Diferentes obstáculos para acreditação pelo Brasil afora

Um processo que já perdeu o “timing”

Se alguns hospitais já atuam na manutenção dos processos de excelência e dos selos de qualidade, outros ainda representam a grande maioria das instituições brasileiras, que “engatinham” quando o assunto é acreditação. Essa é uma das conclusões do encontro realizado durante o Saúde Business Forum 2013, que reuniu hospitais de diferentes regiões brasileiras. Hospitais do interior de São Paulo e da região Nordeste aproveitaram o momento para tirar dúvidas sobre os diferentes tipos de selo e como iniciar o processo para a conquista do certificado. Tal grupo reflete o que os números já atestam: poucas são as instituições acreditadas brasileiras.

Possivelmente este panorama não deve mudar pois o foco da acreditação está no aspecto mercadológico da conquista em si sem que isto signifique ação continuada e permanente em busca da excelência que só se consegue com trabalho diuturno de formiguinha que busca sempre novos patamares de qualidade. A Diretora de Qualidade da Rede D’Or, Helidea Lima disse durante o encontro: “em dois anos as pessoas cansam, muda a liderança e o processo de melhoria da qualidade não se mantém. Já vi unidades que em dois meses foram acreditadas”, conta. Ela recomendou o uso de algumas velhas ferramentas, assim chamadas, “da qualidade”:

Termômetro de sensibilização: que mede como as equipes que atuam no hospital desde a parte de staff até os grupos médicos e diretoria estão engajados e motivados no processo de qualidade. Foi possível medir, por exemplo, quais grupos se engajam mais rumo aos processos de qualidade. A pesquisa demonstrou, por exemplo, uma ideia já disseminada por várias instituições hospitalares: o médico do corpo-clínico fechado é mais engajado do que àqueles que atuam em outras instituições.

Gestão de performance: utilizar softwares com foco na gestão clínica.

Pesquisa de clima: pois como ela explica: “o processo é mudança de cultura, então se a qualidade é a alavanca, o ponto de apoio da alavanca é a gestão de pessoas feita pelo RH”.
Pesquisa de percepção de segurança: se aplica um questionário para avaliar o que os funcionários pensam sobre a segurança da instituição

Check-list: para o acompanhamento periodicamente dos processos principais e de apoio.

Fonte: Portal saúde web