Sites que reúnem opiniões de pacientes sobre atendimentos médicos estão se tornando cada vez mais comuns e poderão influenciar estratégias de hospitais, operadoras e governos
Um dos hábitos digitais mais populares dos tempos atuais é a busca pela opinião de outras pessoas que já tiveram uma experiência interessante antes de se tomar uma decisão de compra. Isso acontece o tempo todo: antes de baixar um aplicativo, reservar um hotel ou de comprar um notebook… Nesses tempos de redes sociais até quando leem uma notícia, muitas pessoas vão em busca da opinião de outros leitores antes mesmo de formularem a própria. Não é de se espantar, portanto, que a mesma lógica seja válida para o mercado de saúde. Sites que reúnem opiniões de pacientes sobre diversos aspectos de seus tratamentos tem conquistado espaço junto a uma audiência cativa e conectada.
Pesquisa realizada em redes sociais nos Estados Unidos mostraram resultados interessantes entre usuários dos serviços de saúde. A primeira notícia é que 65% das avaliações são positivas e traz uma pequena curiosidade: quanto maiores os textos piores as avaliações. Aparentemente as pessoas gastam poucas palavras para fazer um elogio e escrevem com muito mais vontade na hora de fazer uma reclamação.
Em seguida ressalta que a maior parte dos comentários menciona, em algum momento, palavras como “pessoal”, “consultório” e “tempo”, o que por si só já mostra quais as motivações do e-pacientes ao fazerem as suas avaliações do sistema. Não por acaso dentre as palavras mais associadas a avaliações negativas figuram “espera”, “plano de saúde” e “dinheiro”.
Também chama a atenção que especialistas são mais sujeitos a receberem críticas (positivas e negativas) do que clínicos gerais e também que a especialidade menos criticada pelas pessoas foi oftalmologia.
Dentre os especialistas, os mais avaliados pelos pacientes são os obstetras, ginecologistas, dermatologistas e cirurgiões – o que dá uma possível pista de que as mulheres talvez estejam mais propensas a reclamar nessa categoria de website. Nunca é demais lembrar que nos Estado Unidos, as mães formam um importante grupo de usuárias de sites dedicados à saúde. Para corroborar essa suspeita é de notar que medicina da família e pediatria são, igualmente, alvo de muitas críticas da parte dos e-pacientes americanos.
Finalmente pode-se perceber que as especialidades mais bem avaliadas nos EUA são: imunologia, seguida de perto por cardiologia e oncologia – notando que as boas avaliações nessas duas últimas especialidades estão associadas à palavras como “confiança” “atenção” e “compaixão”.
Será que o conhecimento coletivo está servindo para influenciar estratégias de médicos, hospitais, seguradoras e governos?
Fonte:- Portal Empreender Saúde