A visão sistêmica é a visão do todo, buscando a excelência naquilo que diz respeito à organização. Confira artigo da FNQ.
Como ter uma visão sistêmica de todas as áreas de negócio e entender as relações de interdependência entre eles, olhando para o ambiente interno e externo?
Não basta fazer planejamento financeiro, nem fazer planejamento estratégico. Também não adianta somente criar um ritmo organizacional eficaz ou fazer medições competentes. É preciso levar para toda a organização o que significa pessoas e processos que fazem parte dela até clientes e a sociedade propriamente dita padrões de altíssima qualidade que fazem parte de um modelo de excelência em gestão.
Isso só acontece quando as pessoas envolvidas nos processos têm uma visão sistêmica do negócio. Ou seja, quando conseguem literalmente ver a empresa como um todo, em todas as suas partes, interna e externamente, seja qual for seu tamanho ou setor.
Visão Sistêmica é isto: a forma de entender a organização como sendo um sistema integrado inclusive à sociedade. Justamente por ser um sistema integrado, o desempenho de um componente pode afetar não apenas a própria organização, mas todas as suas partes interessadas.
É importante enfatizar que qualquer organização pode seguir e deve adotar na prática este conceito, que integra o primeiro – e o principal – dos 12 fundamentos da excelência disseminado pela Fundação Nacional da Qualidade. São conceitos reconhecidos internacionalmente e se traduzem em práticas encontradas em diversas organizações competitivas no mundo.
Nas empresas Trevisan, com mais de mil clientes de diversos portes e setores, nacionais e multinacionais, uma área corporativa coordena os negócios e ao mesmo tempo presta serviços a todos os negócios.
Para medir as atividades da organização, o trabalho dos colaboradores, sua carreira, o planejamento e todos os outros inúmeros passos do negócio é fundamental definir os processos que o farão funcionar – tanto no nível financeiro quanto no estratégico e também em relação à especificidade do próprio negócio. Por meio de indicadores, deve-se consolidar na empresa (ou no grupo de empresas) um ritmo organizacional único, a ser replicado em todas as áreas o que será feito, como será feito, quais são as campanhas, ações etc.
Para se ter uma visão sistêmica da gestão organizacional deve-se levar em conta o Modelo de Excelência da Gestão® que envolve liderança, estratégias e planos, pessoas, processos, clientes e sociedade. Ou seja, ele alinha de forma harmônica e integrada pessoas com processos voltados para a geração de resultados e conhecimento para a organização. Esse modelo também envolve a liderança enquanto negócio ou marca, ou liderança enquanto gestor. Exige que a empresa seja capaz de atender as necessidades de seus clientes, bem como satisfazer as necessidades da sociedade e das comunidades com as quais interage, sempre agindo de forma ética na busca da sustentabilidade social, ambiental e econômica. Hoje, já se sabe que não terá sucesso a organização que não for transparente em todos os públicos e não se preocupar com as questões ambientais.
Toda empresa, de qualquer porte ou setor, pode e deve seguir esse modelo. Basta entender bem de seu negócio, situar-se no mercado onde atua, com quem se relaciona, como se relaciona, de que forma e como mede suas ações e seus resultados. É preciso fazer isso de uma forma sistêmica, com medições constantes e disseminando essas informações a todas as pessoas que fazem a organização funcionar. Todos devem entender o que fazem, como fazem, para que fazem, de um modo integrado e funcional.
Para isso, a organização deve ser ágil e extremamente flexível quando treinada na metodologia da excelência mas é preciso haver um treinamento contínuo na organização. Ela tem de ser excelente no que faz e ao mesmo tempo aproveitar as oportunidades de mercado.
Na verdade, a gestão do negócio tem que ser simples e como já foi dito serve para qualquer negócio, de qualquer tamanho. É importante questionar o que se deseja em relação à empresa, quais são as bases de conhecimento, as estratégias, a excelência do que já é feito, a excelência da gestão como um todo, a visão disso tudo.
Cabe ainda ressaltar que ninguém sabe tudo, por isso é preciso sempre melhorar os processos, aplicando ferramentas de gestão, certificações, benchmarkings e qualquer outro tipo de aperfeiçoamento nesta ou naquela parte da organização. Não adianta a empresa ser ótima apenas em metodologia, e não conseguir ou não manter clientes. Tem que ser ótima no que faz desde o atendimento ao cliente e as pessoas até nos investimentos em infraestrutura. Tem que estar sempre no estado da arte da gestão, no nível mais alto de desenvolvimento, e isso exige uma sintonia fina de toda a organização, todos os dias.
A visão sistêmica, enfim, é o olhar que permite enxergar de modo claro cada processo e cada negócio. É a visão do todo, buscando a excelência naquilo que diz respeito à organização, tanto no que se refere às coisas tangíveis (produtos, por exemplo) quanto intangíveis (marca, imagem, talentos), contemplando todas as partes interessadas.
Fonte: FNQ.org.br, em 01/10/2012