Seja em Estado grande, seja em Estado pequeno; seja com governador recente, seja com governador antigo; seja de partido mais à esquerda, seja de partido mais à direita; há uma constante nas pesquisas Datafolha recém-concluídas: a saúde sempre é, segundo a avaliação da população, a pior área da administração estadual.
Nesta semana, o instituto finalizou pesquisas de opinião em sete Estados (São Paulo, Minas, Rio, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Ceará) e no Distrito Federal. Juntos, esses locais concentram 63% do eleitorado brasileiro.
O percentual de eleitores que apontou a saúde como pior área variou de 32% a 60%, conforme o Estado. Em 7 dos 8 governos, a liderança da saúde foi isolada, bem distante da segunda pior área (segurança/polícia, na maioria dos casos). O único Estado em que saúde dividiu a liderança foi o Ceará, onde 32% a apontaram como pior área, dois pontos a mais do que segurança.
Com a propaganda eleitoral cada vez mais orientada por pesquisas, não é difícil prever que saúde deverá ser um dos principais assuntos dos discursos, dos debates e do horário eleitoral gratuito prestes a começar.
Há uma explicação conjuntural para a ascensão da saúde como preocupação principal dos eleitores. Com a estabilização da economia desde os anos 90 e as reduções mais recentes da pobreza e do desemprego, temas como inflação, fome e trabalho perderam posições no ranking de preocupações dos brasileiros. Quem ocupou o espaço foi a saúde.
A série de pesquisas do Datafolha não deixa dúvida. Em 2003, saúde era a principal dor de cabeça para apenas 6%. Perdia para desemprego (31%), miséria (22%) e segurança (18%). Nas últimas pesquisas nacionais sobre o tema, saúde também liderou de forma isolada.
Do ponto de vista estrutural, saúde também ganhou importância. Com verbas vinculadas e atenção crescente desde a Constituição de 1988, a área aparece sempre no rol das rubricas mais robustas dos orçamentos públicos, junto com educação.
E mesmo na comparação direta com educação, saúde leva ainda duas vantagem como tema eleitoral. A primeira é que a promessa de investimento em saúde sinaliza com a geração de um benefício imediato.
Um posto de saúde construído é capaz de começar a “produzir” melhoria perceptível na saúde de seus usuários desde o primeiro dia de funcionamento, enquanto a melhoria da escolaridade dos alunos de uma escola nova só será perceptível depois de alguns anos.
O segundo fator que coloca a saúde em vantagem como tema eleitoral é o de seu alcance. Saúde diz respeito ao interesse direto de todo o eleitorado. Do mais novo ao mais velhos, todos sabem que em algum momento, qualquer momento, poderão precisar.
Já educação tem mais peso em algumas fases da vida. Pessoas já formadas e sem filhos e idosos, por exemplo, sabem que dificilmente irão precisar.
A série de pesquisas do Datafolha não deixa dúvida. Em 2003, saúde era a principal dor de cabeça para apenas 6%. Perdia para desemprego (31%), miséria (22%) e segurança (18%). Nas últimas pesquisas nacionais sobre o tema, saúde também liderou de forma isolada.
Do ponto de vista estrutural, saúde também ganhou importância. Com verbas vinculadas e atenção crescente desde a Constituição de 1988, a área aparece sempre no rol das rubricas mais robustas dos orçamentos públicos, junto com educação.
E mesmo na comparação direta com educação, saúde leva ainda duas vantagem como tema eleitoral. A primeira é que a promessa de investimento em saúde sinaliza com a geração de um benefício imediato.
Um posto de saúde construído é capaz de começar a “produzir” melhoria perceptível na saúde de seus usuários desde o primeiro dia de funcionamento, enquanto a melhoria da escolaridade dos alunos de uma escola nova só será perceptível depois de alguns anos.
O segundo fator que coloca a saúde em vantagem como tema eleitoral é o de seu alcance. Saúde diz respeito ao interesse direto de todo o eleitorado. Do mais novo ao mais velhos, todos sabem que em algum momento, qualquer momento, poderão precisar.
Já educação tem mais peso em algumas fases da vida. Pessoas já formadas e sem filhos e idosos, por exemplo, sabem que dificilmente irão precisar.
Fonte: folha.uol.com.br