A 7ª edição da pesquisa IRBEM (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Munícipio) – “Você está satisfeito com a qualidade de vida na cidade de São Paulo?” revela que os paulistanos dão média 4,5 para a Saúde da cidade. A área aparece em 11º lugar, abaixo de outras como Trabalho e Consumo. A nota também é inferior aos resultados obtidos nos anos anteriores, 4,7 em 2014, 4,9 em 2013 e 5,1 na primeira edição do levantamento, em 2009.
Idealizada pela Rede Nossa São Paulo e feita pelo Ibope Inteligência, com apoio do Sesc, Senac e Fecomércio-SP, a pesquisa entrevistou 1.512 pessoas de 30 de novembro a 18 de dezembro de 2015, a fim de levantar e monitorar indicadores sobre a satisfação com a qualidade de vida na cidade, condições de moradia, avaliação de serviços e de instituições públicas.
Dentre os itens da Saúde, o melhor avaliado foram as Campanhas de Vacinação (média 6 de satisfação); proximidade de postos de saúde/UBS/Amas ficou em quinto lugar, com média 5,3. Proximidade de pronto-socorro e de hospital vieram na sequência, com 4,8 e 4,6, respectivamente.
Os pontos pior avaliados foram facilidade para agendar consultas, retornos, exames e resultados (média de 3,4 de satisfação) e tempo médio entre a marcação e a realização de exames (3,4), consultas e procedimentos mais complexos, ambos com 3,2.
Saúde é o fator mais importante para a qualidade de vida
Questionados sobre o grau de importância de cada um dos 25 fatores de qualidade de vida na cidade de São Paulo, os entrevistados colocaram a Saúde em primeiro lugar, com média 8 de importância, seguida de Educação e Trabalho (7,9 para ambos), Segurança, Habitação e Terceira Idade (7,8 cada). A Saúde também aparece entre as “Prioridades” (alto grau de importância e baixo grau de satisfação) da população, considerando uma análise SWOT, de Prioridades, Fraquezas, Oportunidades e Fortalezas.
Quanto à utilização de serviços de saúde pública, 74% afirmaram que eles próprios ou pessoas de sua família utilizaram algum serviço de saúde pública nos últimos 12 meses, crescimento em relação aos anos anteriores – 72% em 2014, 71% em 2013 e 64% em 2008. Os itens mais utilizados no período foram Atendimento ambulatorial (56%) e Distribuição gratuita de medicamentos (51%).
Avaliando a qualidade dos serviços de saúde pública, destaques para a Distribuição gratuita de medicamentos (média de 6,9), Serviços de psiquiatria e saúde mental e Saúde da família (ambos com 6,7); na outra ponta, atendimento ambulatorial e de emergência têm as piores avaliações, 5,9 cada. Na facilidade de acesso aos serviços de saúde pública, novamente resultado positivo para a Distribuição gratuita de medicamentos (média de 6,8) e negativa para o atendimento de emergência (5,9).
Saúde pública x privada
Considerando os serviços de saúde pública e do plano de saúde privado, na comparação entre o tempo médio entre a marcação e a realização dos serviços, a maior discrepância em 2015 se deu nos procedimentos mais complexos (internações e intervenções cirúrgicas): 38 dias para quem tem plano de saúde contra 186 dias para o sistema público. Nas consultas, foram 15 dias x 82, respectivamente; e nos exames, 18 x 98 dias.
O número de pessoas que possuem plano de saúde privado na cidade de São Paulo vem caindo de acordo com a pesquisa: 26% em 2015, frente a 30% em 2014 e 2013 e 32% em 2011. Confira os números completos em nossasaopaulo.org.br