Falhas que podem custar caro
A forma como os gestores lidam com seus funcionários afeta não só o clima, mas também a produtividade e os resultados de uma empresa.
Em tempos de crise, especialmente, erros de comunicação e orientação podem custar caro. Segundo a Robert Half, essas falhas podem gerar aumento da rotatividade e queda na qualidade dos serviços, além de sujar a imagem da companhia.
Com base em sua experiência no mercado, a consultoria elencou os 10 equívocos que os líderes mais cometem em cenários de incertezas. Nas fotos, veja quais são eles e como podem ser evitados.
Achar que os funcionários não conseguem lidar com a verdade
Não adianta esconder a realidade. De acordo com a Robert Half, falar abertamente com os funcionários sobre a retração do negócio faz com que eles sintam que o líder tem algum controle sobre aquela situação.
Uma boa forma de fazer isso seria reunir a equipe e explicar questões como: o que aconteceu na última vez em que a atividade da empresa esteve em baixa? Como a companhia superou os problemas? O que pode ser aprendido com a experiência passada e o que pode ser aplicado ao momento atual?
Culpar chefes superiores
Segundo a consultoria, é comum que gestores de nível médio sejam os responsáveis por transmitir más notícias e se sintam inclinados a dizer aos funcionários que aquelas decisões não são suas.
Mas ao invés de isentá-los da responsabilidade, essa atitude passa a mensagem de que o gestor não está em sintonia com os seus superiores, o que não pega nada bem.
O ideal, para a Robert Half, é apresentar as mudanças e explicar os motivos que estão por trás delas.
Achar que as pessoas têm sorte de estar no emprego
A crença de que quando uma economia vai mal as pessoas devem se sentir felizes por terem uma posição estável, ainda que não seja a ideal, não é uma verdade absoluta.
A Robert Half lembra que funcionários talentosos sempre têm opções no mercado e que perdê-los não é uma boa estratégia.
Fazer reuniões demais
Uma pesquisa da consultoria revelou que 27% dos trabalhadores acham que as reuniões são a maior fonte de desperdício de tempo no emprego.
Por isso, é recomendado reunir a equipe só quando realmente há necessidade.
Reduzir treinamentos
Em momentos de crise, cortar custos é praticamente inevitável. Porém, a Robert Half aconselha a ter cautela ao diminuir o orçamento para desenvolvimento dos empregados. Isso porque aprimorar qualificações pode ser útil no curto e no longo prazo.
A regra só vale, é claro, se os treinamentos forem eficazes e tiverem uma voa relação custo-benefício.
Transformar o trabalho em uma “missão impossível”
Com demissões e cortes no orçamento, é comum que um funcionário passe acumular o trabalho outros dois ou três. Se isso acontecer, aconselha a Robert Half, o ideal é determinar quais tarefas são críticas e manter o foco nelas.
As secundárias devem ser executadas por profissionais temporários ou adiadas para evitar sobrecargas.
Fazer somente as coisas seguras
Em momentos de incerteza, trabalhar só com as fórmulas já reconhecidas e comprovadas pode ser tentador. Mas, fazer só o que é seguro não leva nenhuma empresa a chegar muito longe, lembra a consultoria.
O recomendado é assumir riscos calculados e explorar novas possibilidades para conseguir manter as vantagens competitivas.
Reprimir o pensamento crítico
Calar as perguntas mais difíceis não resolve momentos turbulentos. São elas que podem acabar trazendo soluções para o clima econômico desafiador, pondera a Robert Half.
Não considerar os efeitos da economia sobre os clientes
Crises econômicas não trazem só dificuldades. Para algumas empresas, elas podem ser um impulso.
Segundo a consultoria, pesquisar e compreender o que os clientes consideram como valor agregado pode ajudar companhias a adaptarem melhor seus produtos e serviços aos novos tempos.
Sacrificar a qualidade
Funcionários superocupados erram mais. Enchê-los de tarefas pode afetar negativamente a qualidade do trabalho e criar padrões inferiores difíceis de se reverter quando a crise passar.
Quando um problema surge, é necessário dedicar tempo a identificar a sua fonte e corrigi-lo, atenta a consultoria.
Fonte: exame.com, Luisa Melo