Para apresentar os recursos humanizados utilizados no Coach em Saúde, que auxiliam no processo de melhoria terapêutica de pacientes, o Programa Compromisso com Qualidade Hospitalar realizou a Assembleia “Bem-estar e comportamento: como realizar escolhas saudáveis”, na última sexta-feira (10), na sede estadual da Associação Paulista de Medicina.
A palestrante Daniele Kallas, especialista em Fisiologia do Exercício, com certificação internacional em Coaching de Saúde e Bem-Estar pela Wellcoaches School of Coaches, apresentou porcentagens de pacientes que não dão andamento ao tratamento.
De acordo com estudos, entre 50% e 60% não seguem recomendações associadas a mudanças no estilo de vida, 80% não param de fumar e apenas 65% a 75% aceitam orientações pós-cirúrgicas cardiológicas. “Parece que às vezes não usamos a linguagem eficaz. Com isso, não temos a efetividade em tratamentos que gostaríamos”, avalia Daniele, que estuda há sete anos esses comportamentos.
Para ela, hoje a Saúde carece de recursos humanizados para cuidar das pessoas, e a área de Coach em Saúde se baseia nesse propósito. “Quando temos uma ferramenta concreta, orientada em evidências, efetivamente nos ajuda a mudar o comportamento de maneira sustentável. Isso é uma grande contribuição”, diz.
Ou seja, Coach em Saúde e Bem-Estar estabelece uma parceria com seus clientes em busca de mudanças duradouras, centradas no indivíduo e alinhadas com seus valores, que promove melhor qualidade de vida. Gerenciamento de peso, cessação do tabagismo, alimentação saudável, maior qualidade no sono, controle do diabetes, gerenciamento do estresse e do sedentarismo são algumas das atuações da área.
Para a pesquisadora, o desafio hoje em saúde comportamental está relacionado à questão mental. “No gerenciamento da nossa vida, no controle do nosso estresse e das nossas emoções. Muitas vezes, a falta de capacidade de enfrentamento de uma situação da vida é o grande desencadeador dos desequilíbrios da saúde, tendo como consequência o desencadeamento de doenças”, explica.
O tema é relativamente novo no Brasil, com o surgimento há cerca de dez anos dos primeiros estudos. No exterior, comportamento em saúde já é uma realidade debatida há mais de 20 anos.