Sucesso na primeira edição do voluntariado corporativo da APM

Despertar o agente transformador nos colaboradores da apm e apresentar a atuação da entidade nas diversas organizações beneficentes foram os objetivos da ação

Motivação particular para fazer a diferença e envolvimento com a causa são propósitos elementares para aqueles que desejam realizar uma atividade voluntária. E foi com o objetivo de despertar esses valores em seus colaboradores que a Associação Paulista de Medicina promoveu nos dias 22, 23 e 27 de novembro sua primeira ação de voluntariado corporativo. Divididos em grupos, mais de 50 funcionários da entidade participaram da programação, composta por visitas a seis instituições.

“Fiquei muito contente com essa primeira ação. Acredito que já foi um grande avanço”, destaca a diretora de Responsabilidade Social da APM, Evangelina de Araujo Vormittag, que ressalta que a atividade continuará no próximo ano, com alguns aprimoramentos.

As ações foram realizadas no Hemocentro da Santa Casa de São Paulo, com a doação de sangue e/ou de medula óssea; na Apae, Casa Ninho e Movimento Comunitário Jardim São Joaquim, com recreações para crianças e adolescentes; no Abrigo dos Velhinhos Frederico Ozanam; e no Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo, com a Cãominhada.

De acordo com Evangelina, as atividades conseguiram despertar o sentimento de satisfação e pertencimento em relação à APM e possibilitaram a integração entre colaboradores de diferentes áreas da entidade. “O fato também de mostrar as necessidades dessas instituições muda conceitos e valores de quem é voluntário. Quando convivemos, olhamos o outro, passamos a nos sentir diferentes, ter empatia e mudamos a forma de ver aquela realidade”, complementa.

A questão do relacionamento institucional, outro ponto levantado pela diretora da APM, enfoca ao público externo a importância da atuação da Associação no conjunto da sociedade. Nesse sentido, a coordenadora da equipe de captação de doadores de sangue do Hemocentro da Santa Casa, Lilian Schwed Razaboni, agradeceu a iniciativa. “Realmente estamos em um déficit muito grande de bolsas [de sangue]. Para se ter ideia, o tipo O+, que deveria ter no mínimo 400 bolsas no estoque, só tinha 30 em 21 de novembro. Então, todo tipo de campanha e grupos que vêm são muito bem-vindos.”

Atividades desenvolvidas

Para a supervisora de voluntariado da Apae de São Paulo, Rose Magalhães da Fonte, a ação aproxima os voluntários em relação à atividade desempenhada pela instituição. “Temos o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre a deficiência intelectual. Infelizmente, percebemos que é um tipo de questão não muito compreendida pela sociedade. E quanto menos compreensão, menos apoio em geral. Quando representantes da APM quiseram conhecer mais de perto o nosso trabalho, nos deu uma grande satisfação”, afirma.

“É fundamental essa interação com as mães e com as crianças, porque a vida deles é esta casa de apoio e o hospital. Ou seja, toda proposta diferente, que distrai a mente, é bacana. Há inclusive uma integração social entre as próprias mães, porque elas vêm de necessidades e culturas diferentes”, ressalta a auxiliar administrativo da Casa Ninho Andrea Pinho Bicalho. A entidade fornece moradia gratuita a mães e crianças carentes de todos os estados brasileiros, com quatro refeições diárias, durante o período de tratamento do câncer infantil em São Paulo.

A gerente de serviço do Movimento Comunitário Jardim São Joaquim, Rosaria Azevedo, também destaca que a casa está sempre à disposição para o voluntariado. “Por ser uma organização sem fins lucrativos, é muito difícil mantermos alguns projetos. Por isso, é sempre bem-vinda essa iniciativa, ainda mais quando traz atividades lúdicas e criativas para o nosso público.” A ONG atende crianças, adolescentes e idosos, com a promoção de atividades socioeducativas apropriadas para os três tipos de perfis.

“O trabalho que trouxeram aqui ajudou a resgatar a recreação, o estar junto e o querer chegar em algum resultado”, agradeceu a auxiliar administrativo do Abrigo dos Velhinhos Frederico Ozanam, Maria Auricelia Lima Cavalcante.

Publicado na Revista da APM – edição 684 – dezembro 2016