Por maioria absoluta, Assembleia de Delegados ratificou a escolha da construtora; obra no estacionamento da entidade deverá começar nos próximos meses
A construção do prédio no terreno do atual estacionamento da Associação Paulista de Medicina foi aprovada em Assembleia de Delegados no dia 30 de janeiro, com 77 votos favoráveis, 2 contrários e 1 abstenção. A Sinco Engenharia será a construtora responsável pelo edifício de uso misto (residencial, estacionamento e centro de convenções). O início da obra deve ocorrer nos próximos meses, com previsão de entrega em 20 meses.
O presidente da APM, Florisval Meinão, ressalta que há reserva financeira em caixa para pagar toda a construção do prédio sem recorrer a financiamentos. “Além de termos praticamente dobrado o repasse às nossas Regionais, no fim do mandato desta diretoria, mesmo com a construção do prédio, deixaremos a Associação Paulista de Medicina com uma reserva em caixa muito maior do que quando assumimos, em novembro de 2011, considerando a correção dos valores pela inflação acumulada no período.”
O bom resultado financeiro é fruto das melhorias administrativas realizadas nos últimos anos, desde a posse da atual Diretoria. Na oportunidade a previsão orçamentária era negativa em R$ 2 milhões para 2012, por conta da extinção da Lei do Selo Médico.
“Superamos a cenário de crise que herdamos. Reduzimos nossas despesas em relação às receitas de 98% para 73%, mantendo e até ampliando as lutas em defesa do médico e da Saúde e nossos serviços e benefícios. Também em atitude responsável, este ano reajustamos a contribuição associativa em 5%, contra 10% de inflação”, afirmou Meinão.
Os aluguéis das unidades do novo edifício serão uma fonte de renda extra para a Associação Paulista de Medicina no futuro, pois não será necessário vender nenhuma unidade, já que possui recursos próprios para a construção.
Além do mais, por conta da Lei Municipal nº 15.234/10 – que enquadrou o terreno do estacionamento da APM na Zonas Especiais de Interesse Social – a entidade se viu obrigada a apresentar um projeto de construção, sob o risco de perder o terreno, avaliado em cerca de R$ 5 milhões.
Novo prédio
O engenheiro Enio Souza, da TRS Engenharia, que foi responsável pela avaliação técnica do primeiro projeto de edifício – cujo custo de construção estava avaliado em cerca de R$ 45 milhões – explicou que a previsão de seis subsolos de garagem era o principal motivo da diferença para o atual projeto, que custará em torno de R$ 30 milhões e terá dois subsolos, sendo que 105 vagas de estacionamento ficarão em níveis acima do térreo.
“Realizamos pesquisas de mercado e identificamos que imóveis do tipo studio também eram mais viáveis para a região, então conseguimos chegar a 117 unidades residenciais para locação, com previsão de retorno de 44% do custo de construção x valor de venda dos imóveis, contra um empate financeiro do primeiro projeto”, esclareceu o engenheiro. O novo prédio continuará tendo acessos independentes para as áreas residencial e estacionamento/convenções e ligação desta última com o atual prédio da APM.
Ainda de acordo com ele, foi feita uma concorrência com construtoras de reconhecida capacidade técnica e financeira para a escolha da Sinco Engenharia. “Também optamos pela modalidade de preço máximo garantido para a obra, que é a mais utilizada no mercado atualmente, sendo a forma mais direta para controlar os gastos com a obra. Pelo PMG, se a construtora apresentar gastos até 3% acima do previsto, a APM paga a diferença, caso a conta final fique maior que isso, a construtora arca com o valor; e se a obra custar menos do que o previsto, o saldo é dividido entre a APM e a construtora”, completou Souza.