Com a participação de representantes da comunidade médica, instituições da área da saúde e sociedade civil, foi lançada, no dia 14 de dezembro, a Fundação Para Segurança do Paciente (FSP). O evento foi realizado no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.
O início das atividades contou com a realização de um painel com especialistas relacionados à Segurança do Paciente que embasam a necessidade da criação da Fundação: Maria Manuela Pinto Alves dos Santos, superintendente de Acreditação do Consórcio Brasileiro de Acreditação; Gonzalo Vecina Neto, superintende do Corporativo do Hospital Sírio-Libanês; Marcia Takeiti, presidente da Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico e Central de Material e Esterilização; Elici Maira Checchin Bueno – Coordenadora Executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec); e Enis Donizetti Silva, presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo.
Também foi apresentada uma agenda preliminar de atividades de 2016 e instituída a primeira Diretoria Provisória da Fundação Para Segurança do Paciente, com mandato intermediário.
“Estamos dando um novo e importante passo em direção a uma sociedade capaz de debater aberta e produtivamente questões relacionadas à implementação da Cultura da Segurança do Paciente. Queremos reduzir o número de tragédias vividas nos hospitais brasileiros, com base na transparência e na colaboração entre as partes envolvidas”, destaca Enis Donizetti Silva, presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP), uma das entidades que lideram a iniciativa.
A FSP seguirá o modelo da Patient Safety Movement, dos Estados Unidos que congrega entidades e interessados na busca de soluções viáveis para enfrentar os desafios na área de segurança do paciente.
“Nós temos o know-how e a tecnologia necessária para eliminar as mortes hospitalares evitáveis, mas precisamos abandonar o medo de não alcançar a meta de zero erros médicos e agir”, afirma Joe Kiani, fundador do Patient Safety Movement. “Estamos incrivelmente impressionados com a paixão e o amor que os organizadores da Saesp têm mostrado para melhorar a segurança dos pacientes no Brasil. Uma vida perdida representa muito. Deixando para trás o medo de falhar ao agir, mesmo se toda tragédia não puder ser evitada, milhares de vidas serão salvas.”
No Brasil, a Fundação está sendo concebida para atuar junto a instituições públicas e privadas de saúde, por meio de uma comunicação clara e transparente. A legitimidade para esta interlocução será garantida pela composição representativa da sociedade, que se unirá pelo objetivo maior de promover avanços consistentes na área, sem a adoção de atitudes punitivas.
Histórico da iniciativa
A Fundação para a Segurança do Paciente é resultado de um trabalho de formulação e organização realizado pela Saesp nos últimos 14 meses, dedicado ao conhecimento e ao entendimento dos Eventos Adversos no cuidado à saúde. Os trabalhos para a constituição da entidade tiveram início em 2014, durante o 11.º Congresso Paulista de Anestesiologia (Copa), realizado em São Paulo.
Além de todos os debates que vem promovendo, a Saesp também tem atuado em outras frentes para ampliar o conhecimento e a transparência em relação aos Eventos Adversos. Uma dessas ações foi o desenvolvimento do primeiro aplicativo para celular, para o registro dessas ocorrências. O objetivo é incentivar os profissionais da saúde a relatarem – sob sigilo – ocorrências antes, durante e após as cirurgias.
Fonte: Assessoria de Imprensa, publicado em 18/12/2015