Inteligência artificial, prática médica e a relação médico-paciente

Milton Osaki

Resumo


A incorporação da informática na prática médica proporcionou mudanças importantes na área de diagnósticos, monitoramento e no apoio à conduta terapêutica. Plataformas eletrônicas já processam dados do paciente por meio de algoritmos e propõem hipóteses diagnósticas cada vez mais precisas. As tecnologias vestíveis/corporais, além de permitirem monitoramento de pacientes, podem atuar autonomamente em tratamentos. O aumento da capacidade de armazenamento e processamento de dados permitem apoio cada vez maior à decisão clínica.

Neste contexto insere-se a discussão sobre a boa prática médica e a relação médico-paciente.

Não é aceitável como boa prática médica aquela em que o profissional não embase sua conduta sob os quatro princípios básicos da bioética: beneficência, não-maleficência, justiça e autonomia. 

A relação médico-paciente extrapola a anamnese, o exame físico, a solicitação de exames subsidiários e a prescrição do tratamento. Pesquisas e estudos sugerem que a boa relação médico-paciente mescla habilidades técnicas e pessoais do médico. No contraponto de protagonismos médicos que ignoram as idiossincrasias dos pacientes, a empatia torna-se necessidade na relação para promover avanços em prol do melhor prognóstico clínico. 

Destarte a incorporação tecnológica, inteligência artificial, os melhores prognósticos clínicos sempre dependerão da atuação médica calcada em humanismo.

Palavras-chave: inteligência artificial, relação médico-paciente, ética médica


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DOI: http://dx.doi.org/10.23973/ras.72.134

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