Rev. Adm.
Saúde Vol.
17, Nº 67,
Abr. – Jun. 2017
http://dx.doi.org/10.23973/ras.67.26
ARTIGO ORIGINAL
Estudo de viabilização e
proposta de
implantação de sistema kanban em uma central de
atendimento por dose individualizada
Study
of viability and proposal for
the implementation of a kanban system in an individualized service
center
Ingrid da Rosa Fuccia1,
Mirian Teresa Matsufugi2,
Maria Cleusa Martins3, Andrea Cassia Pereira
Sforsin4,
Vanusa Barbosa Pinto5
1. Graduação em
farmácia pela Universidade
Cruzeiro do Sul, especialização em
farmácia hospitalar pelo HCFMUSP. Aluna de
Pós-Graduação da Residência
Profissional em Assistência Farmacêutica Hospitalar
e Clínica da Residência, da
Divisão de Farmácia do Instituto Central do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo.
2. Graduação em
farmácia pela Faculdade Oswaldo
Cruz, especialização em farmácia
hospitalar pelo HCFMUSP. Farmacêutica Chefe da
Assistência Farmacêutica ao Paciente Internado, do
Instituto Central do
Hospital das Clíncas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo.
3. Graduação em
farmácia pela Faculdade Oswaldo
Cruz, especialização em Economia da
Saúde pela Universidade de São Paulo e
mestrado em Ciências Farmacêuticas pela
Universidade de São Paulo (2001). Farmacêutica
Supervisora do Curso de
Especialização em Farmácia Hospitalar
do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo e Coordenadora
Técnica Programa
Residência da Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de
São Paulo.
4. Graduação em
farmácia pela Faculdade Oswaldo
Cruz, especialização em farmácia
hospitalar pelo HCFMUSP. Diretora Técnica de
Saúde I da Divisão de Farmácia do
Instituto Central do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
5. Graduação em
farmácia pela Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul, especialização em
farmácia hospitalar pelo
HCFMUSP. Diretora da Divisão de Farmácia do
Instituto Central do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo.
RESUMO
No presente trabalho foi
realizado um diagnóstico situacional de uma central de
atendimento por dose individualizada,
a fim de propor um sistema kanban para auxiliar na
elaboração dos pedidos de
medicamentos à seção de
logística, por meio de sinalização
visual de etiquetas,
afixadas nos bins das estações de trabalho,
proporcionando agilidade nos
processos de separação de medicamentos. O estudo
realizado é do tipo
descritivo, onde foi verificado se as ferramentas criadas facilitam a elaboração dos pedidos
de forma que seja possível
elaborar uma solicitação de acordo com o gabarito
de medicamentos com a capacidade
de armazenamento dos itens, conforme seu consumo médio
diário, e organizar as
estações de separação dos
medicamentos segundo a criticidade das unidades de
internação. Em resumo, o sistema kanban
é uma ferramenta que facilita na gestão
dos processos logísticos, mas que para ter um bom
funcionamento, é necessário
realizar a sensibilização de toda a equipe de
colaboradores.
Palavras-chave: Serviço
de Farmácia Hospitalar. Armazenamento
de medicamentos. Kanban.
ABSTRACY
In
the present study, a
situational diagnosis of an individualized service center was carried
out in
order to propose a kanban system to assist in the preparation of
medication
orders to the logistics section through visual signaling of labels
affixed to the
bins of the stations of work, providing agility in the processes of
drug
separation. The study carried out is a descriptive one, where it was
verified
if the tools created facilitate the preparation of the requests so that
it is
possible to prepare a request according to the medication template with
the
storage capacity of the items, according to their average daily
consumption,
and organize the separation stations according to the criticality of
the
hospitalization units. In short, the kanban system is a tool that
facilitates
the management of
the logistics processes, but in
order to have a smooth
operation, it is necessary to raise the awareness of the entire team of
employees.
Keywords:
Hospital
Pharmacy Service. Storage of medicines. Kanban.
INTRODUÇÃO
Farmácia hospitalar
A farmácia hospitalar, segundo a
Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH),
é “uma unidade clínica,
administrativa e econômica, dirigida por
farmacêutico, ligada hierarquicamente
à direção do hospital e integrada
funcionalmente com as demais unidades
administrativas e de assistência ao paciente”, tem
como objetivo contribuir no
cuidado à saúde, visando melhorar a qualidade da
assistência prestada ao
paciente, através da promoção de uso
seguro e racional de medicamentos e
produtos para a saúde1. Dessa forma,
considera-se um serviço de
apoio essencial ao hospital2.
Sistema de Distribuição
de Medicamentos
As atividades de armazenamento,
distribuição, dispensação e
controle de todos os medicamentos e produtos para a
saúde usados pelos pacientes internados e ambulatoriais do
hospital, são de
responsabilidade da farmácia hospitalar, assim como o
fracionamento e o preparo
dos medicamentos1.
A implantação de um
sistema de
distribuição de medicamentos, de forma a
racionalizar e otimizar o uso dos
medicamentos, deverá ser priorizado pelo
farmacêutico e pela instituição de
forma que os processos promovam maior segurança para os
pacientes1.
A Organização
Pan-Americana de Saúde
(OPAS) indica como objetivo de um sistema racional de
distribuição de
medicamentos2:
a)
Diminuição
de erros de medicação;
b)
Racionalizar
a distribuição e
administração de medicamentos;
c)
Aumentar
o controle sobre os medicamentos, acesso do farmacêutico
às informações sobre o
paciente;
d)
Diminuir
os custos com medicamentos;
e)
Aumentar
a segurança para o paciente.
Quanto aos sistemas de
distribuição dos
medicamentos, eles são classificados em sistema de
distribuição2:
a)
Coletivo;
b)
Sistema
de distribuição de medicamentos por
prescrição individualizada (SDMPI);
c)
Sistema
de distribuição de medicamentos por dose
unitária (SDMDU).
Sistema de distribuição
coletivo: os medicamentos
são distribuídos para as unidades de
internação ou demais unidades
assistências
a partir de uma solicitação baseada em consumo
médio e não são realizados em nome
dos pacientes. Esse sistema pode levar a falta de controle, desvios,
má
conservação, erros de
administração2,3.
Sistema de distribuição
de medicamentos
por prescrição individualizada (SDMPI): os
medicamentos são distribuídos em
nome do paciente, por um período de 24 horas,
através da cópia da
prescrição
médica (direto) ou por meio da
transcrição da prescrição
médica (indireto).
Sendo o mais recomendado o sistema direto, por ser mais seguro2,3.
Sistema de distribuição
de medicamentos
por dose unitária (SDMDU): Os medicamentos são
distribuídos por paciente, para
24 horas, podendo também ser feito por turnos. Os
medicamentos são separados
por horários de administração e
prontos para uso conforme prescrição
médica, de
forma individualizada e identificada por paciente. Esse sistema
é o mais
seguro, porém, necessita de maior investimento2,3.
Os sistemas de
distribuição ainda podem
ser classificados como: centralizados, quando a
distribuição é feita em uma
única área física ou descentralizados
quando existem mais de uma unidade de
atendimento aos pedidos3.
Gestão de estoque
De acordo com Moura4,
estoque é um conjunto de bens armazenados, com
características próprias, que
atendam aos objetivos e necessidades da empresa. Dessa forma, todo item
armazenado em um depósito, almoxarifado, prateleira, gaveta
ou armário para ser
utilizado em suas atividades de produção ou
administrativa, é considerado um
item do estoque da organização.
Foram desenvolvidas diferentes
técnicas
de administração da
produção e da gestão dos estoques a
fim de solucionar os
problemas originados no ambiente de manufatura, mostrando
eficiência na
gerência de operações de uma
indústria. Estas técnicas podem ser aplicadas nas
farmácias hospitalares conforme as necessidades da
gestão de serviços, buscando
otimização do controle dos itens em estoque5.
Os estoques das farmácias
hospitalares
abrigam uma variedade de produtos, dificultando o planejamento do seu
ponto de
ressuprimento. Os medicamentos podem ser agrupados conforme suas
particularidades
(como giro, preço, consumo, prazos de entrega) e suas
demandas incorporam alta
aleatoriedade, dessa forma é importante que o gestor de
estoque separe os
produtos em grupos com características semelhantes6.
Essa
classificação proporciona ao gestor maior
atenção nos controles de estoque para
cada grupo de medicamentos7.
A classificação ABC
(método ABC, curva
de pareto ou curva ABC), faz um estudo estatístico de
materiais em estoque, baseada
no princípio de Pareto, que é utilizado para
demonstrar a importância dos
materiais, as quantidades utilizadas e seu preço8.
A classificação ABC
permite identificar
os itens que requerem atenção e tratamento
diferenciado quanto à sua gestão,
pois alguns itens podem ocupar um grande espaço
físico, com baixa
representatividade financeira, por apresentarem pequeno valor
monetário no
conjunto do estoque, outros itens, entretanto, ocupam um
espaço físico menor,
com alta representatividade financeira, consistindo em um alto valor
monetário
no conjunto do estoque9.
A curva ABC tornou-se uma ferramenta
gerencial simples e eficaz para a classificação
dos itens em estoque,
principalmente, em relação a
importância financeira. Segundo este método, os
materiais de consumo podem ser divididos em três classes9:
a)
Classe
A: abriga o conjunto de itens mais caros, que correspondem a um pequeno
número
de medicamentos, cerca de 20% dos itens, que representam cerca de 80%
do valor
total do estoque. Esses itens recebem uma atenção
especial da administração,
pois são responsáveis pelo maior faturamento
organizacional.
b)
Classe
B: representa os itens de situação
intermediária entre as classes A e C. O seu
controle pode ser menos rigoroso que os itens de classe A. Representam
um valor
intermediário no faturamento das empresas.
c)
Classe
C: engloba itens menos dispendiosos, que justificam pouca
atenção por parte da
administração. Agrupa cerca de 70% dos itens,
cujo valor financeiro no
faturamento é baixo, e representam cerca de 20% do valor do
estoque.
Além da curva ABC, outra
técnica de
gerenciamento de estoques é a
classificação XYZ ou metodologia de criticidade.
A classificação XYZ provém da
gestão da qualidade, implicando na
avaliação do
impacto que determinado item causará nas
operações de uma empresa10.
Na farmácia hospitalar, este impacto se dá quanto
à facilidade de obtenção ou
substituição de um item por outro e na velocidade
de obsolescência. De acordo
com esta classificação, a ausência de
materiais de alta criticidade, classe Z,
paralisa operações essenciais e coloca em risco
as pessoas, o ambiente e o
patrimônio. Os itens de média criticidade, classe
Y, podem ser substituídos por
similares ou equivalentes com relativa facilidade, embora sejam vitais
para a
organização. Já a falta dos itens de
baixa criticidade, classe X, não acarreta
prejuízo para a organização11.
Sistema kanban
O kanban é um subsistema criado pelo
sistema Toyota de produção (STP) usado para
controlar os estoques de produtos
em processo, a produção e o suprimento de
componentes e, em determinados casos,
de matérias-primas12.
O STP é uma filosofia de
gestão que
procura melhorar a organização de forma a atender
as necessidades dos clientes
no menor prazo possível, com a mais alta qualidade e o menor
custo 13,14.
Dessa forma, a redução dos custos é
feita pela perseguição e
eliminação de toda
e qualquer perda14,15,16.
Toda
atividade que consome recursos e que não agrega valor ao
produto deve ser
eliminada. Assim, estoques, transportes internos, paradas
intermediárias
(decorrentes de espera de processo), refugos e retrabalhos
são formas de
desperdício e se não forem eliminados, devem ser
reduzidos ao máximo14,16.
As
perdas nos processos produtivos, segundo
classificação de Ohno16,
podem
ser agrupadas em:
a)
Perda
por excesso de produção;
b)
Perda
por espera;
c)
Perda
por transporte;
d)
Perda
no próprio processamento;
e)
Perda
por movimentação;
f)
Perda
por produção de produtos defeituosos.
O
STP tem como base a filosofia do just in
time (JIT), ou seja, a produção
é feita de forma que cada posto de trabalho
receba o item certo, no momento em que ocorre demanda e na quantidade
necessária.
Esse processo visa à eliminação do
desperdício, recebe o nome de just
in time, que significa “no momento
preciso” ou “no momento exato” 17,18.
Segundo
Corrêa e Gianese19, o JIT é
mais do que um conjunto de técnicas, é
uma filosofia de trabalho que está ligada à
gestão de qualidade, gestão de
pessoas, administração de materiais,
espaço físico e organização
do trabalho.
Se essa técnica for aplicada de forma correta, é
possível reduzir ou eliminar
os desperdícios que acontecem nas compras, durante o
processo produtivo, na
logística e nas atividades de apoio20.
Dentro
do STP, está inserida uma ferramenta chamada kanban, que
operacionaliza o
processo dentro da filosofia do JIT, por meio de uma técnica
que garante a
continuidade da linha de produção sem ruptura do
estoque, a fim de promover um
fluxo contínuo de trabalho21.
Shingo22
considera o kanban como uma ferramenta de controle para
maximizar o
potencial de produção do sistema Toyota de
produção, oferecendo a melhoria
contínua dos processos, buscando trabalhar sempre com a
quantidade mínima de
estoque em processo, porém sem faltas dos insumos
necessários23.
Dessa forma, o STP é 80% eliminação de
perdas, 15% de sistema de produção e
apenas 5% o Kanban24.
O sistema kanban controla a
produção
dos produtos necessários, nas quantidades e no momento
necessário de produção25,26.
Segundo Moura27, o
kanban é
visto como uma alternativa, por ser um sistema barato que qualquer
empresa
possa emprega-lo, a fim de conseguir aumentar a produtividade, evitando
gastos
com a implementação de sistemas mais sofisticados.
O sistema permite de forma simples, o
acompanhamento e o posterior controle visual e automático do
que foi
programado. As regras do kanban garantem o estoque
necessário para atender a
programação sem exageros ou faltas, e para saber
o ponto de ressuprimento,
basta recorrer visualmente aos cartões de
sinalização. Além disso, esse sistema
de controle pode ser introduzido em qualquer momento, independente dos
níveis
de estoque. Porém, se seu potencial não for
aproveitado para detectar problemas
e aumentar a eficiência do sistema, não se
estará utilizando o kanban completo,
como diz Schonberger28.
O
kanban é uma palavra de origem japonesa, que significa
cartão ou sinal. Na
literatura também é conhecido por empregar
determinados cartões para informar a
necessidade de entrega e/ou produção de uma
determinada quantidade de peças ou
matérias-primas. Dessa forma, o princípio do
kanban é a sinalização visual
através de um sistema de cores. As cores fornecem
informações do tipo de
status, geralmente, sendo classificadas como: prioridade no
atendimento,
sinalizado pela cor vermelha; estado de atenção,
sinalizado em amarelo; e regularizado,
sinalizado de verde29.
No
princípio do sistema kanban ocorre a
sinalização, através de um
cartão, do item
que deverá ser entregue e/ou produzido e a quantidade
necessária para dar
continuidade na etapa de produção. O sistema
ainda pode sofrer algumas
variações e certas
instruções podem ser dadas mesmo sem a
presença dos cartões,
como no caso de contêineres vazios, que automaticamente
servem como uma ordem
para preenchê-lo, nesse caso, podem ser usadas fichas com um
código de cores, ao
invés de outras informações21.
Quanto
aos tipos de cartões, existem alguns tipos, conforme
descrito por Slack30:
a)
Kanban
de movimentação ou transporte: serve para
comunicar ao estágio de produção
anterior a quantidade de material que já pode ser destinado
a um local
específico. Tendo como informação no
cartão a descrição do produto, local
de
retirada e o destino.
b)
Kanban
de produção: irá informar a um setor a
quantidade de um item que poderá ser
produzido para manter a disponibilidade em estoque. São
necessárias as
informações sobre a
produção, materiais necessários e o
destino para a
movimentação após finalizado o
processo de produção.
c)
Kanban
fornecedor: É responsável pelo suprimento de
material necessário para a
fabricação de um determinado lote de
produção. Possui certa similaridade com o kanban
de movimentação, porém é
usado para os fornecedores externos.
Já
Moden31, descreve outro tipo de
cartão, sendo o kanban visual, que
já vem anexado a um recipiente onde os materiais
são armazenados e
transportados ao longo da produção, chamados de
contenedores.
Ohno32,
afirma que o sistema kanban não é
inflexível ou rígido, sendo efetivo para o
gerenciamento de peças especiais, onde a quantidade
utilizada é instável. Mas
vários autores afirmam que o sistema kanban apresenta
problemas de implantação
em situações onde a demanda e o tempo de
processamento são instáveis,
operações
não padronizadas, longo tempo de setup, grande variedade de
itens e incerteza
no abastecimento de matérias-primas33-37.
Panorama atual e diagnóstico
situacional
O
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo
(HCFMUSP) é um complexo hospitalar de nível
terciário de alta complexidade. O
Instituto Central (IC) atualmente conta com 920 leitos ativos e
é responsável
por atender 35 especialidades médicas.
O
atendimento dos pacientes internados é realizado pela
Assistência Farmacêutica
ao Paciente Internado (AFI) que conta com uma central de atendimento
por dose individualizada
(CADI), responsável por atender 43 unidades de
internação.
A
equipe de colaboradores da CADI é formada por 28
funcionários, sendo eles
3 farmacêuticos, 7 auxiliares técnicos de
saúde, 15 estagiários, 1 oficial
administrativo, 1 auxiliar de serviços gerais e 1 jovem
aprendiz. A CADI
funciona diariamente das 7 às 19 horas, inclusive aos
sábados, domingos e
feriados.
A CADI está estruturada com oito
estações de separação de
medicamentos e cinco bancadas de conferência, para
facilitar os processos de gestão de estoque e
separação dos medicamentos, de
forma individualizada por paciente para 24 horas.
Cada área de
separação é formada por
duas estações de trabalho dupla com nichos e bins
e duas estações de trabalho
formada só por bins. Essas
estações
duplas, são compostas por 72 bins, de tamanho pequeno (60mm
x 67mm), em ambas
as estações de trabalho e 15 compartimentos
(nichos) para armazenar os itens de
maior volume, que comportam os medicamentos de maior saída,
ou seja, os
medicamentos que aparecem nas prescrições com
mais frequência.
Nas estações de trabalho
formadas
apenas por bins, os medicamentos, ficam dispostos em diversos tamanhos
de bins,
que variam de acordo com a sua capacidade de armazenamento, conforme a
sua
forma farmacêutica e demanda, sendo esses os medicamentos de
menor saída, ou
seja, que aparecem com menos frequência nas
prescrições.
Além disso, cada
estação de trabalho possui
um armário com gavetas chaveadas com divisórias
ajustáveis, onde ficam
armazenados os medicamentos sujeitos a controle especial
(Port.344/98/MS) e os
medicamentos de alta vigilância (MAVs).
A proposta de funcionamento da CADI
é
semelhante a uma linha de produção, que conta com
sete etapas: triagem das
prescrições para 24 horas,
separação dos medicamentos,
conferência, digitação
de medicamentos sujeitos a controle especial (Port.344/98/MS), entrega
dos medicamentos
nas unidades de internação, recolhimento dos
medicamentos não utilizados nas
unidades e reintegração dos medicamentos ao
estoque.
Para que essa linha de
produção ocorra
de forma efetiva, todas as estações de trabalho
devem estar abastecidas, de
forma que não haja falhas no processo, como por exemplo,
pendências de
atendimento por falta de algum medicamento, o que impactará
no tempo de
separação e conferência dos
medicamentos, ocasionando um atraso na entrega dos
medicamentos e falha na terapia medicamentosa do paciente internado.
O
abastecimento da CADI é realizado pela logística
da assistência farmacêutica
(LAF), através de um cronograma de atendimento, onde a LAF
recebe um pedido
pelo sistema eletrônico SOUL MV®. Esse pedido
é elaborado pela CADI através de
uma planilha em Excel®, que contém o elenco de 521
especialidades farmacêuticas
disponíveis para atendimento aos pacientes internados,
chamada de gabarito, que
depois é transcrito para o sistema eletrônico para
enviar a LAF.
Justificativa
É característica atual da
área da saúde
a demanda crescente dos atendimentos em contrapartida existe a escassez
de
recursos financeiros e humanos, o que resulta na busca constante de
implementar
ações para agilizar o processo de
separação dos medicamentos e consequentemente
evitar atrasos nas entregas dos medicamentos, proporcionando
segurança ao
processo e principalmente aos pacientes.
Dessa forma, esse trabalho se justifica
pela necessidade de se estudar a viabilidade de
implantação do sistema kanban
na Central de Atendimento por Dose Individualizada para otimizar as
etapas de
elaboração dos pedidos de
reposição de medicamentos através da
sinalização
visual e agilizar os processos de separação
através de estações de trabalho e
redimensionamento das tarefas dos colaboradores.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Elaborar o diagnóstico situacional
de
uma central de atendimento por dose individualizada para
possível implementação
do sistema kanban na área de separação
de medicamentos para pacientes
internados.
Objetivos específicos
1.
Definir
o elenco e o consumo dos medicamentos;
2.
Dimensionar
os bins conforme os medicamentos;
3.
Relacionar
os medicamentos e o número de bins de retaguarda;
4.
Definir
a periodicidade da reposição dos bins;
5.
Criar
gabaritos por quantidades e número de bins funcionantes.
MÉTODO
Tipo de Estudo e local do estudo
Estudo descritivo, realizado no
período
de outubro de 2015 a dezembro de 2016, sobre a viabilidade de
implementação de
um método logístico que usa o kanban como
ferramenta para auxiliar no
abastecimento da Central de Atendimento por Dose Individualizada,
localizada no
8º andar do Prédio dos Ambulatórios, do
Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo.
Definição do elenco e do
consumo das estações de trabalho
O consumo de medicamentos foi
atualizado através do levantamento de todos os itens
prescritos no sistema
eletrônico do hospital (SI3), referente a todas as
prescrições de todas as
unidades de internação do Instituto Central no
período de outubro de 2015 a
dezembro de 2016.
Após a
aplicação da classificação
ABC,
referente ao consumo dos itens, os mesmos foram organizados em:
medicamentos
gerais, medicamentos sujeitos a controle especial (Port.344/98/MS),
MAV’s e
termolábeis. Os medicamentos gerais foram subdivididos em
dois grupos de acordo
com a frequência de prescrição, sendo
classificados como itens de maior ou
menor saída, auxiliando na gestão do pedido
encaminhado à seção de
logística.
Feita a classificação dos
medicamentos
entre itens de maior ou menor saída, foi verificado para
cada item, de acordo
com a sua forma farmacêutica e conforme a sua demanda, o
tamanho do bin e a
quantidade de medicamentos suficiente para abastecê-lo.
Foi verificado ainda que os
medicamentos de maior consumo e aqueles de maior volume necessitariam
de um
estoque de retaguarda, para não comprometer
espaços muito grandes nas estações
de trabalho.
Criação dos gabaritos
baseado na padronização do elenco das
estações de trabalho
O resultado obtido pela
classificação
de Pareto, gerou a separação física
dos itens nas estações de trabalho e no
estoque de retaguarda em:
a)
Medicamentos
gerais;
b)
Medicamentos
sujeitos a controle especial (Port.344/98/MS);
c)
Medicamentos
de alta vigilância (MAV’s);
d)
Medicamentos
termolábeis;
e)
Soluções
parenterais de grande volume (SPGV).
Depois de feita todas as
classificações, foram criados gabaritos para cada
categoria listada acima com
as seguintes informações: código do
medicamento, descrição do item, quantidade
de bins necessários por estação de
trabalho e a capacidade de armazenamento nos
bins de cada medicamento. Depois foi elaborado um cronograma junto com
a seção
de logística para realizar os pedidos.
Na etapa seguinte verificou-se a
necessidade de adequação do gabarito do pedido
semanal para os itens de maior
saída, que possuíam alta rotatividade, para que
estes passassem a ser solicitados
diariamente em quantidades menores. Os demais produtos são
solicitados
semanalmente, e os produtos de uso esporádicos
são gerados pedidos extras.
Definição das quantidades
de medicamentos por Bin
Para definir a quantidade de
medicamentos por bin, foi verificado o consumo mensal e determinado o
consumo
médio diário. Também foi medido a
capacidade de cada bin, de acordo com a forma
farmacêutica e embalagem de acondicionamento.
Planejamento do pedido –
Periodicidade de reposição dos bins
A elaboração dos pedidos,
através dessa
ferramenta, que propõe a agilidade ao processo,
através da utilização de
gabaritos com quantidades determinadas poderá ser feita da
seguinte forma:
a)
Diário:
Existe um gabarito, ou seja, uma planilha com os medicamentos
relacionados por
código, descrição do medicamento e
quantidade máxima de armazenamento nos bins
ou nichos, em que o responsável pela
elaboração dos pedidos, deverá anotar
as
quantidades necessárias para manter o atendimento do dia.
Depois de feita a
triagem dos pedidos, os mesmos são transcritos ao sistema
eletrônico e enviados
à LAF.
b)
Semanal:
Existem gabaritos das diversas classes de medicamentos,
também relacionados por
código, descrição do medicamento e
quantidade máxima de armazenamento nos bins.
Para essa triagem, o responsável verificará quais
são os itens de maior saída,
que são os itens que possuem um estoque de retaguarda,
sinalizados em vermelho,
para fazer a solicitação conforme levantamento de
consumo dos medicamentos. E
para os itens de menor saída, é
necessário verificar nas estações de
trabalho,
quais os itens que estão sinalizados em vermelho, e
solicitar a quantidade de
acordo com o consumo dos medicamentos e a quantidade suficiente para
abastecer
os bins nas estações de trabalho.
c)
Extras:
Os pedidos extras podem ocorrer para os itens, cujo consumo
é muito baixo ou
esporádico e para itens que houve um aumento de consumo, que
os pedidos
semanais, com base nos consumos, não foram suficientes para
atender aquela
demanda. Dessa forma, são feitas as
solicitações apenas para quando há
necessidade de utilização desse medicamento.
Definição das
estações de trabalho por criticidade
A CADI é a responsável
pelo atendimento
de todas as unidades de internação do hospital,
sendo que cada unidade de
internação possui uma complexidade diferente por
conta do número de leitos,
número de itens em uma prescrição,
criticidade de prescrição.
Dessa forma foi pensado em mesclar as
clínicas por estação de trabalho de
acordo com a sua criticidade, contribuindo
para otimizar a rotatividade de estoque, evitando que haja perda de
medicamentos por validade, ruptura de estoque de uma
estação de trabalho para a
outra, influência na periodicidade de abastecimento dos bins,
entre outros.
Para definir as clínicas por
estação de
trabalho, foi realizado um levantamento do perfil de cada
clínica, verificando
a criticidade e complexidade de cada prescrição,
o perfil farmacoterapêutico da
unidade e o tempo gasto de separação da unidade.
Os tempos de separação
foram obtidos a
partir de um formulário, onde o colaborador anotava a data,
o horário de início
da separação, a unidade de
internação, o número de
prescrições e o horário do
término de separação.
Após o período de coleta
de dados, de
dezembro 2016 a janeiro 2017, esses tempos foram tabulados para
análise do
número médio de prescrições
separadas e tempo médio de separação
por unidade de
internação.
Depois foi proposta uma tabela com o
dimensionamento
das clínicas por estações de trabalho,
de forma a permitir a uniformidade de
abastecimento dos medicamentos e a rotatividade de estoque.
RESULTADOS
De acordo com o levantamento de consumo
dos medicamentos, podemos verificar na Tabela
1 os 10 medicamentos que tiveram maior consumo no
período de outubro 2015 a
dezembro de 2016. A partir do consumo médio mensal
definiu-se o consumo médio
diário para determinar as quantidades referente à
capacidade de armazenando e a
quantidade necessária de cada bin.
Tabela 1. Consumo
médio diário dos medicamentos unitarizados.
Código |
Produto |
Consumo médio mensal |
Consumo médio diário |
11100021 |
DIPIRONA(SODICA)
500 MG COMPRIMIDO |
35.945 |
1.198 |
11010024 |
OMEPRAZOL
20 MG CAPSULA (*) |
15.895 |
530 |
11020063 |
SULFATO
FERROSO 40 MG FERRO ELEMENTAR COMPRIMIDO REVESTIDO |
8.135 |
271 |
11030082 |
HIDRALAZINA
(CLORIDRATO) 25 MG COMPRIMIDO REVESTIDO |
7.420 |
247 |
11060035 |
PREDNISONA
20 MG, CP, VO |
5.905 |
197 |
11100015 |
PARACETAMOL
500 MG COMPRIMIDO |
5.710 |
190 |
11030004 |
SINVASTATINA
10 MG COMPRIMIDO REVESTIDO |
5.410 |
180 |
11030062 |
ANLODIPINO
(BESILATO) 5 MG COMPRIMIDO |
5.135 |
171 |
11070058 |
CIPROFLOXACINO
(CLORIDRATO) 500 MG COMPRIMIDO |
5.050 |
168 |
11020004 |
ACIDO
ACETILSALICILICO 100 MG COMPRIMIDO |
4.645 |
155 |
Na Tabela
2, estão relacionados os medicamentos que tiveram
maior consumo nos períodos
de outubro 2015 a dezembro de 2016, representando os medicamentos da
Classe A
referente ao elenco dos medicamentos do hospital.
Tabela 2. Consumo
médio diário dos medicamentos unitarizados
– Curva A.
Código |
Produto |
Consumo médio mensal |
Consumo médio diário |
11030073 |
ATORVASTATINA CALCICA 10 MG COMPRIMIDO |
8450 |
282 |
11080024 |
TACROLIMO 1 MG CAPSULA |
5750 |
192 |
11070030 |
CLINDAMICINA (FOSFATO) 300 MG |
4070 |
136 |
11080096 |
MICOFENOLATO (SODICO) 360 MG COMPRIMIDO
REVESTIDO |
2810 |
94 |
11080047 |
HIDROXIUREIA 500MG CAPSULA |
2000 |
67 |
11080045 |
TACROLIMO 5 MG CAPSULA |
1480 |
49 |
11010009 |
CALCITRIOL 0,25 MCG CAPSULA |
1470 |
49 |
11070109 |
LEVOFLOXACINA 500 MG COM (*) |
1090 |
36 |
11010036 |
ACIDO URSODESOXICOLICO 300 MG COMPRIMIDO |
1080 |
36 |
11140029 |
SEVELAMER 800 MG COMPRIMIDO REVESTIDO |
970 |
32 |
Na Tabela
3, está a relação dos itens
dispostos na estação de trabalho dos itens de
maior saída, com as quantidades mínimas por
compartimento dos bins, quantidades
máximas, número de bins disponíveis na
CADI e o total que é a quantidade de
armazenando de cada item, conforme a forma farmacêutica.
Tabela 3.
Dimensionamento dos bins para os medicamentos de maior saída.
Cód. |
Medicamento |
Mín. |
Máx. |
Nº de bins |
Total |
11020004 |
ACIDO ACETILSALICILICO 100 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
12020003 |
ACIDO FOLICO 5 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11090008 |
ALOPURINOL 100 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11070140 |
AMICACINA (SULFATO) 250 MG/ML AMP 2 ML |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030015 |
AMIODARONA (CLORIDRATO) 200 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11070142 |
AMOXICILINA 500 MG + ACIDO CLAVULANICO 125 MG |
30 |
60 |
8 |
480 |
11070114 |
AMOXICILINA 500 MG |
50 |
100 |
8 |
800 |
11070048 |
AMPICILINA 1000 MG |
12 |
24 |
14 |
336 |
11030062 |
ANLODIPINO (BESILATO) 5 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030007 |
ATENOLOL 50 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030073 |
ATORVASTATINA 10MG |
60 |
120 |
14 |
1680 |
12010012 |
BICARBONATO DE SODIO 500MG |
50 |
100 |
14 |
1400 |
11010053 |
BISACODIL 5 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11010001 |
BROMOPRIDA 10MG |
60 |
120 |
14 |
1680 |
11030077 |
CAPTOPRIL 25 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11090011 |
CARBONATO DE CALCIO 1250MG (500MG DE CALCIO
ELEMENTAR) |
30 |
60 |
14 |
840 |
11030063 |
CARVEDILOL 25 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030009 |
CARVEDILOL 6,25 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11070025 |
CEFALEXINA 500MG |
30 |
60 |
8 |
480 |
11070135 |
CEFAZOLINA 1G |
10 |
20 |
14 |
280 |
11070031 |
CEFTRIAXONA (SODICA) 1 G |
8 |
16 |
20 |
320 |
11090021 |
CETOPROFENO 100 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11090017 |
CETOPROFENO 100 MG FA |
15 |
30 |
8 |
240 |
11070058 |
CIPROFLOXACINO (CLORIDRATO) 500 MG |
30 |
60 |
8 |
480 |
11070067 |
CLINDAMICINA (FOSFATO) 150 MG/ML AMP 4 ML |
40 |
80 |
14 |
1120 |
11070030 |
CLINDAMICINA 300MG |
30 |
60 |
8 |
480 |
11030014 |
CLONIDINA (CLORIDRATO) 0,1 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11020051 |
CLOPIDOGREL 75 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11010044 |
CLORETO DE POTASSIO 600 MG |
30 |
60 |
8 |
480 |
12060007 |
DEXAMETASONA 2MG |
50 |
100 |
8 |
800 |
11060002 |
DEXAMETASONA 4 MG/ML AMP 2,5 ML |
40 |
80 |
8 |
640 |
11030049 |
DILTIAZEM (CLORIDRATO) 30 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11010054 |
DIMENIDRINATO+VIT B6+GLIC+FRUT
(3+5+100+100)MG/ML AMP 10ML |
21 |
42 |
14 |
588 |
11100142 |
DIPIRONA (SODICA) 500 MG/ML
AMP 2 ML |
60 |
120 |
20 |
2400 |
11100021 |
DIPIRONA(SODICA) 500 MG |
50 |
100 |
14 |
1400 |
11030053 |
ENALAPRIL (MALEATO) 20 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030069 |
ENALAPRIL (MALEATO) 5 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11010081 |
ESCOPOLAMINA (BUTILBROMETO) 20 MG/ML AMP 1 ML |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030050 |
ESPIRONOLACTONA 25 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030048 |
FUROSEMIDA 10 MG/ML AMP 2 ML |
60 |
120 |
14 |
1680 |
11030036 |
FUROSEMIDA 40 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030082 |
HIDRALAZINA (CLORIDRATO) 25 MG |
60 |
120 |
14 |
1680 |
11030019 |
HIDROCLOROTIAZIDA 25 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11060028 |
HIDROCORTISONA 100MG |
12 |
24 |
14 |
336 |
12100008 |
HIDROXIZINA 10MG |
50 |
100 |
8 |
800 |
11030080 |
ISOSSORBIDA (DINITRATO) 10 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030013 |
ISOSSORBIDA (MONONITRATO) 40 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11060025 |
LEVOTIROXINA (SODICA) 100 MCG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11060020 |
LEVOTIROXINA (SODICA) 25 MCG |
60 |
120 |
14 |
1680 |
11120038 |
LORATADINA 10MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030051 |
LOSARTANA (POTASSICA) 50 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11060009 |
METILPREDNISOLONA (SUC SODICO) 125MG |
4 |
8 |
8 |
64 |
11010062 |
METOCLOPRAMIDA 10 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11010049 |
METOCLOPRAMIDA 5 MG/ML AMP 2 ML |
62 |
124 |
14 |
1736 |
11070055 |
METRONIDAZOL 250 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11090001 |
NAPROXENO 250 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030083 |
NIMODIPINO 30 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11010024 |
OMEPRAZOL 20 MG |
50 |
100 |
14 |
1400 |
11010069 |
ONDANSETRONA (CLORIDRATO) 2 MG/ML AMP 2 ML |
60 |
120 |
14 |
1680 |
11010046 |
ONDANSETRONA (CLORIDRATO) 2 MG/ML AMP 4 ML |
32 |
64 |
14 |
896 |
11100015 |
PARACETAMOL 500 MG |
50 |
100 |
8 |
800 |
11060035 |
PREDNISONA 20 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11060034 |
PREDNISONA 5 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030084 |
PROPRANOLOL (CLORIDRATO) 10 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030038 |
PROPRANOLOL (CLORIDRATO) 40 MG |
60 |
120 |
8 |
960 |
11010012 |
RANITIDINA (CLORIDRATO) 150 MG |
50 |
100 |
8 |
800 |
11010040 |
RANITIDINA (CLORIDRATO) 25 MG/ML AMP 2 ML |
60 |
120 |
8 |
960 |
11030004 |
SINVASTATINA 10 MG |
60 |
120 |
14 |
1680 |
11070113 |
SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIN (400 MG + 80 MG) |
40 |
80 |
14 |
1120 |
11020063 |
SULFATO FERROSO COMPRIMIDO CONTENDO 40MG DE
FERRO ELEMENTAR |
60 |
120 |
8 |
960 |
11080024 |
TACROLIMO 1MG |
50 |
100 |
14 |
1400 |
11050011 |
TANSULOSINA 0,4MG |
30 |
60 |
8 |
480 |
Na Tabela
4, temos a relação dos medicamentos que
são armazenados nos nichos das
estações de maior saída, sinalizando a
capacidade máxima de armazenamento dos
medicamentos de maior volume, quantidade de nichos onde são
armazenados e o
total, informando a quantidade necessária para abastecer.
Os itens sinalizados em negrito indicam
que são os itens que se repetem nas
estações de trabalho, representando os
itens de maior volume de armazenando que aparecem com mais
frequência nas
prescrições médicas.
Tabela 4. Dimensionamento
dos nichos de medicamentos de maior saída.
Cód. MV |
Medicamento |
Total por bin |
Nº de bins |
Total |
11020046 |
BICARBONATO
DE SODIO 8,4% SOL INJ F/B 250 ML |
20 |
4 |
80 |
11070032 |
CIPROFLOXACINA
200MG |
40 |
8 |
320 |
11010079 |
GLICERINA
12% SOLUCAO FRASCO 500 ML |
20 |
4 |
80 |
12010005 |
GLICERINA
(GLICEROL) 25 % SOLUCAO RETAL (ENEMA) FRASCO 500ML |
10 |
4 |
40 |
12010022 |
GLICERINA
(GLICEROL) 50 % SOLUCAO RETAL (ENEMA) FRASCO 500ML |
10 |
4 |
40 |
11020041 |
ENOXAPARINA
40MG (*) |
90 |
8 |
720 |
11020026 |
ENOXAPARINA
60MG 0,6ML |
70 |
4 |
280 |
11070009 |
FLUCONAZOL
200MG SOLUÇÃO INJETÁVEL 100ML |
40 |
4 |
160 |
11070177 |
GANCICLOVIR
1MG /ML 100ML |
15 |
4 |
60 |
11070178 |
GANCICLOVIR
1MG /ML 250ML |
15 |
4 |
60 |
11140019 |
GLICOSE
10% SOLUCAO INJETAVEL BOLSA 1000 ML |
10 |
4 |
40 |
11140013 |
GLICOSE
10% SOLUCAO INJETAVEL BOLSA 500 ML |
20 |
4 |
80 |
11070060 |
LEVOFLOXACINA
500 MG (5 MG/ML) SOL INJ BOLSA 100ML |
40 |
4 |
160 |
11020033 |
MANITOL
20% SOLUCAO INJETAVEL FRASCO OU BOLSA 250 ML |
20 |
4 |
80 |
11070041 |
MEROPENEM
1000 MG PO LIOF SOL INJ FA IV |
100 |
8 |
800 |
11070134 |
METRONIDAZOL
5 MG/ML SOLUCAO INJETAVEL F/B 100 ML |
40 |
8 |
320 |
11070110 |
OXACILINA
(SODICA) 500 MG PO LIOF SOL INJ FA |
200 |
4 |
800 |
11010080 |
OMEPRAZOL
40 MG* |
100 |
8 |
800 |
11070062 |
PIPERACILINA
(SODICA) 4 G + TAZOBACTAM 500 MG PO LIOF FA |
80 |
8 |
640 |
11020038 |
RINGER
LACTATO SOLUCAO INJETAVEL FRASCO OU BOLSA 500 ML |
20 |
4 |
80 |
11020006 |
RINGER
SOLUCAO INJETAVEL FRASCO OU BOLSA 500 ML |
20 |
4 |
80 |
11070074 |
VANCOMICINA
(CLORIODRATO) 500 MG PO LIOF SOL INJ FA |
200 |
8 |
1600 |
Na Tabela
5, estão relacionados os itens dispostos na
estação de trabalho dos itens
de menor saída, com as quantidades mínimas por
compartimento dos bins,
quantidades máximas, número de bins
disponíveis na CADI e o total que é a
quantidade de armazenando de cada item, conforme a forma
farmacêutica.
Tabela 5. Dimensionamento
dos medicamentos de menor saída.
Cód.
MV |
Medicamento |
Mín. |
Máx. |
Nº
de bins |
Total |
11130011 |
ACETAZOLAMIDA
250 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11070158 |
ACICLOVIR
200MG |
60 |
120 |
3 |
360 |
11070056 |
ACICLOVIR
250 MG PO PARA SOLUCAO INJETAVEL FRASCO-AMPOLA |
50 |
100 |
3 |
300 |
11140037 |
ACIDO
FOLINICO 15 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11020059 |
ACIDO
TRANEXAMICO 250 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11020035 |
ACIDO
TRANEXAMICO 50 MG/ML SOLUCAO INJETAVEL AMPOLA 5 ML |
70 |
140 |
3 |
420 |
11010036 |
ACIDO
URSODESOXICOLICO 300MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
11110019 |
ALBENDAZOL
200 MG |
20 |
40 |
3 |
120 |
11030015 |
AMIODARONA
(CLORIDRATO) 50 MG/ML SOLUCAO INJETAVEL AMP 3 ML |
88 |
176 |
3 |
528 |
11070099 |
AMPICILINA
(SODICA) 2 G + SULBACTAM 1G PO SOL INJ FA |
9 |
18 |
3 |
54 |
11030076 |
ATENOLOL
100 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
Manip. |
ATENOLOL
12,5 MG |
30 |
60 |
3 |
180 |
Manip. |
ATENOLOL
25MG |
60 |
160 |
3 |
480 |
11030090 |
ATORVASTATINA
20MG |
80 |
160 |
3 |
480 |
11010043 |
ATROPINA
(SULFATO) 0,25 MG AMPOLA 1 ML |
66 |
132 |
3 |
396 |
11080023 |
AZATIOPRINA
(SODICA) 50 MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
11070132 |
AZITROMICINA
500MG - CAPSULA |
20 |
40 |
3 |
120 |
11090007 |
BACLOFENO
10 MG COMPRIMIDO |
100 |
200 |
3 |
600 |
11050014 |
BROMOCRIPTINA
2,5MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11010009 |
CALCITRIOL
0,25 MCG CAPSULA |
100 |
200 |
3 |
600 |
11030025 |
CAPTOPRIL
12,5 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11010002 |
CARBONATO
CALCIO E LACTOGLINATO CALCIO 500 MG/CA COM EFEV |
15 |
30 |
3 |
90 |
12090002 |
CARBONATO
DE MAGNESIO 250 MG |
60 |
120 |
3 |
360 |
11070050 |
CEFEPIMA
1G PO PARA SOLUCAO INJETAVEL FRASCO-AMPOLA |
28 |
56 |
3 |
168 |
11070133 |
CEFOTAXIMA
1G PO PARA SOLUCAO INJETAVEL FRASCO-AMPOLA |
19 |
38 |
3 |
114 |
11070007 |
CEFOXITINA
1G PO PARA SOLUCAO INJETAVEL FRASCO-AMPOLA |
20 |
40 |
3 |
120 |
11070029 |
CEFTAZIDIMA
(SODICA) 1 G PO SOL INJ |
28 |
56 |
3 |
168 |
11070053 |
CEFUROXIMA
(SODICA) 750 MG PO SOL INJ FA |
44 |
88 |
3 |
264 |
11090003 |
CICLOBENZAPRINA
(CLORIDRATO) 5 MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
11080083 |
CICLOSPORINA
100MG MICROEMULSAO - CAPSULA GELATINA MOLE |
30 |
60 |
3 |
180 |
11080082 |
CICLOSPORINA
25MG MICROEMULSAO - CAPSULA GELATINA MOLE |
30 |
60 |
3 |
180 |
11080116 |
CICLOSPORINA
50MG/ML SOLUCAO INJETAVEL AMPOLA 1ML |
60 |
120 |
3 |
360 |
11030039 |
CIPROFIBRATO
100 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11070057 |
CIPROFLOXACINO
(CLORIDRATO) 250 COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11010017 |
CITRATO
DE POTÁSSIO 10MEQ |
20 |
40 |
3 |
120 |
11070033 |
CLARITROMICINA
500MG - IV |
18 |
36 |
3 |
108 |
12020012 |
CLORETO
DE CALCIO 100 MG/ML SOLUCAO INJETAVEL AMPOLA 5 ML |
30 |
60 |
3 |
180 |
12010019 |
CLORETO
DE SODIO 500 MG COMPRIMIDO REVESTIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
12120004 |
CLORFENIRAMINA
(MALEATO DE CLORFENIRAMINA) 4 MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
11030071 |
CLORTALIDONA
12,5 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11030072 |
CLORTALIDONA
50MG |
30 |
60 |
3 |
180 |
11080091 |
COLCHICINA
(CLORIDRATO) 0,5 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
12010027 |
COMPLEXO
B COMPRIMIDO REVESTIDO |
100 |
200 |
3 |
600 |
12120007 |
DIFENIDRAMINA
25 MG/ML SOLUCAO INJETAVEL AMPOLA 2 ML |
62 |
124 |
3 |
372 |
11030064 |
DIGOXINA
0,25 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11010055 |
DIMENIDRINATO
100 MG COMPRIMIDO |
100 |
200 |
3 |
600 |
11030028 |
DIOSMINA
450MG HESPERIDINA 50MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS |
30 |
60 |
3 |
180 |
11030078 |
ESPIRONOLACTONA
100MG COMPRIMIDO |
80 |
160 |
3 |
480 |
11080007 |
EVEROLIMUS
0,5MG |
30 |
60 |
3 |
180 |
11080068 |
EVEROLIMUS
0,75MG |
30 |
60 |
3 |
180 |
11080106 |
EVEROLIMUS
1MG |
60 |
120 |
3 |
360 |
11050004 |
FENAZOPIRIDINA
(CLORIDRATO) 100 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11040019 |
FINASTERIDA
5MG |
30 |
60 |
3 |
180 |
11020027 |
FITOMENADIONA
(VITAMINA K1) 10 MG/ML SOL INJ AMP 1 ML |
62 |
124 |
3 |
372 |
11070103 |
FLUCONAZOL
100 MG CAPSULA |
60 |
120 |
3 |
360 |
11070162 |
FLUCONAZOL
150 MG CAPSULA |
60 |
120 |
3 |
360 |
12060005 |
FLUDROCORTISONA
(ACETATO) 50 MCG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
12010018 |
FOSFATO
DE SÓDIO 298 MG + FOSFATO DE POTASSIO 45 MG |
60 |
120 |
3 |
360 |
11070069 |
GENTAMICINA
(SULFATO) 40 MG SOL INJ AMP 1 ML |
60 |
120 |
3 |
360 |
11010075 |
GLICAZIDA
30 MG COMPRIMIDO DE LIBERAÇÃO PROLONGADA |
30 |
60 |
3 |
180 |
11010031 |
GLICONATO
DE CALCIO 10% SOLUCAO INJETAVEL AMPOLA 10 ML |
48 |
96 |
3 |
288 |
11030029 |
HIDRALAZINA
(CLORIDRATO) 20 MG/ML SOL INJ AMPOLA 1 ML |
62 |
124 |
3 |
372 |
11030002 |
HIDROCLOROTIAZIDA
50 MG COMPRIMIDO |
80 |
160 |
3 |
480 |
11060029 |
HIDROCORTISONA
(SUCCINATO SODICO) 500 MG PO SOL INJ FA |
12 |
24 |
3 |
72 |
12060011 |
HIDROCORTISONA
20 MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
12060012 |
HIDROCORTISONA
5 MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
11110010 |
HIDROXICLOROQUINA
(SULFATO) 400 MG COMPRIMIDO |
80 |
160 |
3 |
480 |
11080047 |
HIDROXIUREIA
500MG CAPSULA |
20 |
40 |
3 |
120 |
11090004 |
IBUPROFENO
300 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11070037 |
IMIPENEM
CILASTATINA SODICA 500MG IV |
28 |
56 |
3 |
168 |
11110020 |
IVERMECTINA
6 MG COMPRIMIDO ACONDICIONADO EM BLISTER. |
30 |
60 |
3 |
180 |
11100153 |
LEVODOPA
100 MG + BENSERAZIDA(CLORIDRATO) 25 MG COM DISP |
30 |
60 |
3 |
180 |
11100122 |
LEVODOPA
100MG+BENSERAZIDA(CLORIDRATO)25MG CAP LIB PROL |
30 |
60 |
3 |
180 |
11100088 |
LEVODOPA
200 MG + BENSERAZIDA (CLORIDRATO) 50 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11070109 |
LEVOFLOXACINO
500MG |
80 |
160 |
3 |
480 |
11010051 |
LIPASE
+ AMILASE + PROTEASE (10.000UI+33.200UI+37.500UI) CAP |
60 |
120 |
3 |
360 |
11010084 |
LIPASE
+ AMILASE + PROTEASE (25.000UI+74.700UI+62.500UI) CAP |
60 |
120 |
3 |
360 |
11010073 |
MESALAZINA
500MG COMPRIMIDO DE LIBERACAO LENTA |
60 |
120 |
3 |
360 |
11010066 |
METFORMINA
850 MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
11030005 |
METILDOPA
250 MG COMPRIMIDO |
100 |
200 |
3 |
600 |
11060016 |
METILPREDNISOLONA
(SUCCINATO SODICO) 500 MG PO SOL INJ FA |
10 |
20 |
3 |
60 |
11080015 |
METOTREXATO
SODICO 2,5MG |
30 |
60 |
3 |
180 |
11080088 |
MICOFENOLATO
SÓDICO 180MG |
60 |
120 |
3 |
360 |
11080096 |
MICOFENOLATO
SÓDICO 360MG |
60 |
120 |
3 |
360 |
12020030 |
MICROELEMENTOS |
30 |
60 |
3 |
180 |
11080057 |
MOFETILA
500MG |
60 |
120 |
3 |
360 |
12070003 |
NEOMICINA
(SULFATO DE NOEMICINA) 250 MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
11030066 |
NIFEDIPINO
20 MG COMPRIMIDO REVESTIDO |
80 |
160 |
3 |
480 |
11070080 |
NITROFURANTOINA
100 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11030043 |
NOREPINEFRINA
1MG/ML 4ML |
150 |
300 |
4 |
1200 |
11070005 |
NORFLOXACINO
400 MG COMPRIMIDO |
100 |
200 |
3 |
600 |
11010016 |
ONDASENTRON
8MG |
30 |
60 |
3 |
180 |
11050026 |
OXIBUTININA
(CLORIDRATO) 5 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11040004 |
PERMANGANATO
DE POTASSIO 100 MG COMPRIMIDO |
30 |
60 |
3 |
180 |
11030006 |
PINDOLOL
10 MG COMPRIMIDO |
80 |
160 |
3 |
480 |
11100159 |
PIRIDOSTIGMINA
(BROMETO) 60 MG COMPRIMIDO |
80 |
160 |
3 |
480 |
11110006 |
PIRIMETAMINA
25 MG COMPRIMIDO |
80 |
160 |
3 |
480 |
11050030 |
PROGESTERONA
NATURAL MICRONIZADA 100MG CÁPSULA GELATINOSA. |
20 |
40 |
3 |
120 |
11120001 |
PROMETAZINA
(CLORIDRATO) 25 MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
12090003 |
RELAXANTE
MUSCULAR HC COMPRIMIDO |
100 |
200 |
3 |
600 |
11020058 |
SACARATO
DE HIDROXIDO DE FERRO |
26 |
52 |
3 |
156 |
11140029 |
SEVELAMER
800 MG COMPRIMIDO REVESTIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
11070159 |
SULFADIAZINA
500 MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
11070081 |
SULFAMETOXAZOL
+ TRIMETOPRIMA (80MG+16MG) ML |
72 |
144 |
3 |
432 |
11010028 |
SULFASSALAZINA
500MG |
60 |
120 |
3 |
360 |
Manip. |
SULFATO
DE MAGNESIO 500MG |
30 |
60 |
3 |
180 |
12010023 |
SULFATO
DE ZINCO 70 MG COMPRIMIDO REVESTIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
Manip. |
TACROLIMO
0,5MG |
60 |
120 |
3 |
360 |
11080045 |
TACROLIMO
5 MG CAPSULA |
80 |
160 |
3 |
480 |
11070003 |
TEICOPLANINA
200 MG PO LIOF SOL INJ FA |
6 |
12 |
3 |
36 |
11070091 |
TEICOPLANINA
400 MG PO LIOF SOL INJ FA |
6 |
12 |
3 |
36 |
11090019 |
TENOXICAM
20 MG |
14 |
28 |
3 |
84 |
11070082 |
TERBINAFINA
250MG |
30 |
60 |
3 |
180 |
11060022 |
TIAMAZOL
5MG |
80 |
160 |
3 |
480 |
12010021 |
VITAMINA
B1 (CLORIDRATO TIAMINA) 100 MG/ML SOL INJ AMP 1 ML |
108 |
216 |
3 |
648 |
12010003 |
VITAMINA
B1 (TIAMINA) 100MG |
100 |
200 |
3 |
600 |
12020004 |
VITAMINA
B12 (CIANOCOBALAMINA) 500 MCG/ML SOL INJ AMP 2 ML |
56 |
112 |
3 |
336 |
12010009 |
VITAMINA
B6 (CLORIDRATO DE PIRIDOXINA) 50 MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
12010026 |
VITAMINA
B6 50 MG/ML SOL INJ AMP 1 ML |
60 |
120 |
3 |
360 |
12010014 |
VITAMINA
C (ACIDO ASCORBICO) 500 MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
3 |
360 |
12010034 |
VITAMINA
D3 (COLECALCIFEROL) 25000 UI CAPSULA |
30 |
60 |
3 |
180 |
12090004 |
VITAMINA
D3 (COLECALCIFEROL) 600000 UI/ML SOL INJ AMP 1 ML |
10 |
20 |
3 |
60 |
A Tabela
6 representa o elenco dos medicamentos com bins de
retaguarda, de forma que
auxiliasse a etapa de separação para quando um
bin estação de separação de
medicamentos ficasse vazio, o colaborador pudesse efetuar a trocar dos
bins,
por um da estação de retaguarda.
Tabela 6. Relação
de medicamentos e o número de bins de retaguarda.
Cód.
MV |
Medicamento |
Mín. |
Máx. |
Nº
de bins |
Total |
11070048 |
AMPICILINA
1000 MG PO PARA SOLUCAO INJETAVEL FRASCO-AMPOLA |
12 |
24 |
6 |
144 |
11030073 |
ATORVASTATINA
10MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
6 |
720 |
12010012 |
BICARBONATO
DE SODIO 500MG COMPRIMIDO |
50 |
100 |
6 |
600 |
11010001 |
BROMOPRIDA
10MG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
6 |
720 |
11090011 |
CARBONATO
DE CALCIO 1250MG (500MG DE CALCIO ELEMENTAR) COM |
30 |
60 |
6 |
360 |
11070135 |
CEFAZOLINA
1G PO SOLUCAO INJETAVEL |
10 |
20 |
6 |
120 |
11070031 |
CEFTRIAXONA
(SODICA) 1 G PO SOL INJ FA IV |
8 |
16 |
12 |
192 |
11070067 |
CLINDAMICINA
(FOSFATO) 150 MG/ML SOL INJ AMP 4 ML |
40 |
80 |
6 |
480 |
11010054 |
DIMENIDRINATO+VIT
B6+GLIC+FRUT (3+5+100+100)MG/ML AMP 10ML |
21 |
42 |
6 |
252 |
11100142 |
DIPIRONA
(SODICA) 500 MG/ML SOLUCAO INJETAVEL AMPOLA 2 ML |
60 |
120 |
12 |
1440 |
11100021 |
DIPIRONA(SODICA)
500 MG COMPRIMIDO |
50 |
100 |
6 |
600 |
11030048 |
FUROSEMIDA
10 MG/ML SOLUCAO INJETAVEL AMPOLA 2 ML |
60 |
120 |
6 |
720 |
11030082 |
HIDRALAZINA
(CLORIDRATO) 25 MG COMPRIMIDO REVESTIDO |
60 |
120 |
6 |
720 |
11060028 |
HIDROCORTISONA
100MG |
12 |
24 |
6 |
144 |
11060020 |
LEVOTIROXINA
(SODICA) 25 MCG COMPRIMIDO |
60 |
120 |
6 |
720 |
11010049 |
METOCLOPRAMIDA
5 MG/ML SOLUCAO INJETAVEL AMPOLA 2 ML |
62 |
124 |
6 |
744 |
11010024 |
OMEPRAZOL
20 MG CAPSULA |
50 |
100 |
6 |
600 |
11010069 |
ONDANSETRONA
(CLORIDRATO) 2 MG/ML SOL INJ AMP 2 ML |
60 |
120 |
6 |
720 |
11010046 |
ONDANSETRONA
(CLORIDRATO) 2 MG/ML SOL INJ AMP 4 ML |
32 |
64 |
6 |
384 |
11030004 |
SINVASTATINA
10 MG COMPRIMIDO REVESTIDO |
60 |
120 |
6 |
720 |
11070113 |
SULFAMETOXAZOL
+ TRIMETOPRIN (400 MG + 80 MG) COMPRIMIDO |
40 |
80 |
6 |
480 |
11080024 |
TACROLIMO
1MG CAPSULA |
50 |
100 |
6 |
600 |
A Tabela
7 mostra o perfil de cada unidade de
internação que é atendida na CADI,
mostrando a média do número de leitos atendidos e
o tempo médio de separação de
cada clínica. Com o tempo de separação
médio das clínicas, podemos perceber a
complexidade de algumas unidades de internação,
dessa forma, o tempo de
separação não é
proporcional ao número de leitos.
Tabela 7. Tempo
médio de separação nas
estações de trabalho de acordo com a criticidade.
Sigla |
Clínica |
Média de Leitos |
Média
Separação |
7DN |
Vascular |
20 |
1:14 |
6DS |
Clínica Médica Sul |
17 |
1:10 |
7CC |
Transplante Renal |
14 |
1:07 |
7DS |
Endócrino |
13 |
1:06 |
3DS |
Dermatologia |
12 |
0:58 |
UAC |
Recuperação
Anestésica |
14 |
0:56 |
9GN |
Transplante de Fígado |
13 |
0:54 |
9AA |
UTI 9º |
11 |
0:51 |
5DS |
Enfermaria Retaguarda Emergência Sul |
18 |
0:49 |
6AA |
Geriatria |
12 |
0:49 |
8DN |
Hematologia |
10 |
0:49 |
4GN |
UTI Emergência Médica |
13 |
0:45 |
4GS |
UTI Trauma |
15 |
0:45 |
8GS |
Cabeça e Pescoço |
14 |
0:45 |
8DS |
Reumatologia |
13 |
0:43 |
4DS |
Moléstias infecciosas Sul |
10 |
0:42 |
XDN |
Obstetrícia Norte |
15 |
0:42 |
3DN |
Retaguarda do Pronto Socorro |
15 |
0:41 |
6GN |
Otorrino |
14 |
0:41 |
5GN |
Enfermaria Neurologia Norte |
15 |
0:40 |
9GS |
Gastroenterologia |
15 |
0:39 |
4CC |
Unidade de Cuidados Intensivos |
11 |
0:38 |
8CC |
Plástica |
10 |
0:35 |
8GN |
Convênios |
11 |
0:35 |
XDS |
Obstetrícia Sul |
13 |
0:34 |
6DN |
Clínica Médica Norte |
17 |
0:31 |
4DN UTI |
UTI Moléstias infecciosas |
6 |
0:30 |
5GS |
Enfermaria Neurologia Sul |
9 |
0:30 |
8AA |
Queimados |
6 |
0:29 |
4DN |
Moléstias Infecciosas Norte |
7 |
0:26 |
6EE |
UTI Clínica Médica e
Pneumologia |
8 |
0:26 |
6GS |
Oftalmologia |
11 |
0:25 |
XGN |
Ginecologia |
10 |
0:25 |
9DN |
Bariátrica |
6 |
0:24 |
9CC |
Colón |
7 |
0:23 |
8AA UTI |
UTI Queimados |
3 |
0:21 |
9DS |
Vias Biliares |
6 |
0:19 |
9GN UTI |
UTI Nefrologia |
2 |
0:18 |
7GN |
Urologia Norte |
7 |
0:17 |
4BN |
Cuidados Paliativos |
4 |
0:10 |
7GS |
Urologia Sul |
5 |
0:07 |
8EE |
Convênios |
4 |
0:07 |
3DN OBS |
Retaguarda Obstetrícia |
3 |
0:06 |
Média: 459
prescrições |
Na Figura
1, temos a proposta do MAPA para auxiliar no abastecimento
das estações de
trabalho, conforme a sinalização das etiquetas
dos bins. O responsável pelo
pedido deverá assinalar qual a estação
de trabalho, representada na figura como
E1 – E8, necessita ser abastecida, qual a cor da etiqueta
(verde/vermelha) e
marcar a data e quantidade necessária para abastecimento,
conforme a quantidade
estabelecida.
Figura 1.
Elaboração do MAPA para
abastecimento dos bins com etiquetas
(verde/vermelha).
Na Figura
2, temos o modelo do pedido diário, referente a
sinalização dos medicamentos,
onde o responsável deverá sinalizar o dia e a
quantidade necessária para ser
solicitada à LAF.
Figura 2. Proposta
de gabarito diário de medicamentos a
seção de logística.
DISCUSSÃO
Os dados obtidos do consumo médio
diário foram utilizados para auxiliar no dimensionamento dos
bins. Na Tabela 1, por exemplo, a
dipirona
comprimido tem um consumo médio diário de 1.198
comprimidos, de forma que na Tabela 3,
são necessários 14 bins de
dipirona comprimido com a capacidade máxima de armazenamento
100 comprimidos,
totalizando o abastecimento de 1.400 comprimidos, de forma que os bins
fiquem dispostos
lado a lado, nas estações de trabalho.
Ainda levando em conta essa
posição de
consumo na Tabela 6, temos os bins
de retaguarda, onde cada estação de trabalho tem
mais 2 bins de dipirona
comprimido com capacidade de armazenar 50 comprimidos em cada
área, verde e
vermelha, do bin. Esse mesmo procedimento se repetiu para os outros
grupos de
medicamentos.
O tempo médio de
separação dos
medicamentos mostra que os tempos que foram maiores correspondem
às clínicas de
maior criticidade das prescrições, como por
exemplo, a enfermaria da vascular
com média de 20 leitos, teve um tempo médio de
separação de 1h14min.
Na elaboração do mapa,
conforme Figura 1, que é
um excerto do impresso
completo, o colaborador deverá sinalizar a
estação de trabalho que necessita do
abastecimento, além da quantidade necessária para
reposição, como descrito
anteriormente, de forma que facilite a
visualização dos medicamentos que
chegaram ao seu ponto de ressuprimento.
Na proposta de gabarito de
solicitação
diária, foram verificados os principais grupos de
medicamentos: os medicamentos
da curva A, medicamentos gerais e MAV’s e elaborado o
gabarito com o elenco e a
quantidade máxima de armazenamento, conforme consumo
diário.
No decorrer da
estruturação do projeto
foram encontradas uma série de dificuldades, sendo elas
voltadas,
principalmente, para parte de processos e pessoas.
Em relação aos processos,
notamos que a
diferença nas apresentações e tamanhos
das formas farmacêuticas influenciou nas
etapas de definição da quantidade
necessária para armazenar os medicamentos em
cada lado dos bins. Inicialmente houve dificuldade nos processos de
separação
dos medicamentos de maior saída, dessa forma, esses itens
chegavam mais rápido
ao seu ponto de ressuprimento do que os outros, o que ocasionava a
pausa nos
processos de separação. Dessa forma, para os
itens que possuem maior
rotatividade de abastecimento, foram criados os bins de retaguarda,
conforme
mostrado na Tabela 6.
Um desafio futuro será implantar o
mesmo método para quantificar e elaborar as quantidades
necessárias para os medicamentos
sujeitos a controle especial (Port.344/98/MS) especial pela portaria
nº 344/98
do MS, medicamentos de alta vigilância e os
termolábeis.
Não houve a necessidade de
investimento
em materiais para que o processo funcionasse, as dificuldades
encontradas foram
em relação a implementação
de um novo processo e estruturação do layout, com
a
dinâmica da área já em funcionamento.
Já na parte de recursos humanos,
há
necessidade de sensibilização da equipe, que se
mostra resistente a novos
processos, dentro de uma rotina agitada.
Proposta de estruturação
do sistema
A proposta baseada no sistema kanban
para as estações de trabalho propõe
bins identificados, em ambos os lados, por
uma etiqueta com o nome, o código, dosagem e forma
farmacêutica do medicamento,
impresso em verde, e outra etiqueta com as mesmas
informações impressas em
vermelho. Os bins são divididos ao meio. Há uma
terceira etiqueta, indicando a
quantidade máxima de item armazenado, afixada no bin.
Os medicamentos sujeitos a controle
especial (Port.344/98/MS) são identificados com etiquetas
impressas em preto e
os medicamentos de alta vigilância, foram impressos em
etiquetas vermelhas com
a escrita em preto.
As cores utilizadas nesse sistema foram
definidas para facilitar a visualização e
auxiliar no processo de gestão de
estoque agilizando as etapas de elaboração dos
pedidos. As etiquetas verde e
vermelha são afixadas em um mesmo bin, indicando a
informação da situação de
abastecimento do produto. A cor verde sinaliza que o item
está disponível para
utilização, sendo preferencialmente visualizada
pelo usuário, pela posição do bin
na estação de trabalho.
Quando o medicamento termina no lado
verde da etiqueta, o bin será voltado para trás e
o lado do bin com cor
vermelha, fica voltado para a frente, de forma que o colaborador
não interrompe
seu trabalho de separação e ao mesmo tempo ocorre
a indicação de que o item
precisa ser reposto.
Esta reposição
será efetuada, por outro
colaborador utilizando o estoque de retaguarda.
O mesmo conceito é utilizado no
estoque
de retaguarda, e quando este é sinalizado em vermelho,
indica que deve ser
desencadeado um novo pedido deste item para a
seção de logística de
abastecimento (LAF).
Para alguns medicamentos (conforme Tabela 6), foi verificada a necessidade
de se manter bins já abastecidos, funcionando como um
espelho dos itens de
maior rotatividade e necessidade de abastecimento. Assim, quando o bin
estiver
voltado com a etiqueta vermelha, ou seja, estiver vazio,
poderá ser feita a
troca de um bin vazio, por outro cheio. O bin vazio deverá
ser posto na estação
de trabalho com a etiqueta vermelha voltada para frente, para indicar
que o
item precisa ser reposto.
Abastecimento
O abastecimento dos bins nas
estações
de trabalho deve ser feito de acordo com a
sinalização da etiqueta, sendo que a
cor vermelha indica o ponto de ressuprimento dos itens.
Cada bin tem uma quantidade
estabelecida que é necessária para abastecimento,
que deverá ser respeitada na
hora que o colaborador for abastecer o item. Essa
identificação também auxilia
no momento que o responsável pelo abastecimento, for
até o estoque verificar se
o item está disponível para abastecer, ou se
será necessário gerar um pedido à
LAF.
CONCLUSÃO
Por ser um método que não
exige muitos
recursos financeiros, é um projeto viável de ser
implantado no hospital. Ainda na
estruturação do processo, foram sendo criadas
ferramentas facilitadoras para a
elaboração dos pedidos, como no caso dos
gabaritos com as quantidades de acordo
com o consumo médio diário necessário
para abastecer um bin, de forma que seja
possível elaborar um pedido com a
utilização do gabarito.
Para que ocorra a
implementação,
entretanto, é necessária a
sensibilização da equipe visto que esta
ferramenta
exige disciplina para efetuar corretamente todas as etapas do processo.
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Recebido:
28 abril 2017 Publicado: 07
junho 2017
Correspondência:
Ingrid da Rosa Fuccia –
Divisão de
Farmácia HCFMUSP - Av. Dr. Enéas Carvalho Aguiar,
255 – 8º andar, bloco 5 -
Cerqueira César, São Paulo-SP, CEP 05403-000 -
Tel.: (11) 2661 6616
– E-mail: ingridfuccia@gmail.com
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