Rev. Adm. Saúde Vol. 17, Nº 66,
Jan. – Mar. 2017
ARTIGO DE REVISÃO
Glosas Hospitalares e o Uso de Protocolos Assistenciais: Revisão
Integrativa da Literatura
Nursing Audits and the Use of Care Protocols:
Integrative Review of the Literature
Joana
Angélica Santos Veloso Silva1, Sylvia Lemos Hinrichsen2, Kaline Assis Carneiro Brayner3,
Tatiana de Aguiar Santos Vilella4, Marcela Coelho Lemos5
1. Enfermeira;
Hospital Memorial São José, Serviço de Auditoria; Universidade de Pernambuco,
Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco, MBA em Gestão Hospitalar
e Serviços de Saúde - Recife
(PE), Brasil.
2. Médica
Infectologista; Coordenadora do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência em
Infectologia da UFPE; Professora Titular do
Departamento de Medicina Tropical da UFPE- Recife (PE), Brasil.
3. Enfermeira;
Hospital Memorial São José, Programa de
Controle de Infecções e Gestão de Riscos/ Núcleo de Segurança do Paciente;
Universidade de Pernambuco, Faculdade de Ciências da Administração de
Pernambuco, MBA em Gestão Hospitalar e Serviços de Saúde- Recife (PE),
Brasil.
4. Farmacêutica; Biomédica; Assistente de pesquisas do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência em Infectologia da
UFPE- Recife (PE), Brasil.
5. Aluna do curso de graduação de Biomedicina da UFPE;
Assistente de pesquisas do Núcleo
de Ensino, Pesquisa e Assistência em Infectologia da UFPE- Recife (PE), Brasil.
RESUMO
Os registros realizados no prontuário do paciente são alvo
de auditorias nas instituições de saúde devido à sua importância no cuidado ao
paciente e na relação com o faturamento dos custos hospitalares. Esta revisão
integrativa objetivou analisar a produção científica nacional publicada entre
2000 e 2015, sobre auditoria em enfermagem e o uso de protocolos assistenciais
como ferramenta de minimização de glosas. Na busca bibliográfica, foram
utilizadas as fontes de informações: BVS,
SciELO, LILACS, BDENF, CAPES e Google Acadêmico,
a partir dos descritores glosa hospitalar, protocolos assistenciais, auditoria
e prontuário. A amostra constitui-se de onze trabalhos. Não foram encontrados
estudos utilizando protocolos assistenciais como base de tomada de decisões no
cuidado e consequentemente como elemento minimizador de glosas hospitalares.
Percebe-se a necessidade de melhorar os registros do prontuário do paciente,
assim como a utilização de protocolos sistematizados para controlar melhor as
práticas assistenciais e os impactos na segurança do paciente.
Palavras-chave: Registros hospitalares. Protocolos. Auditoria de enfermagem.
Custos hospitalares. Revisão.
ABSTRACT
The patient's medical records are
subject to audit in health institutions due of its importance in patient care,
as well as in relation to the billing of hospital costs. This integrative review aimed to analyze the scientific
production published between 2000 and 2015 about the audit in nursing and the
use of care protocols as glosses minimization tools. Bibliographic search, the sources were used
information: BVS,
SciELO, LILACS, BDENF, CAPES and Google Scholar, from the hospital disallowance
descriptors, care protocols, auditing and records. The sample consisted of
eleven papers. Studies using care protocols based decision-making in the care
and consequently as minimizer element of hospital glosses were not found. There
is a need to improve the records of
patient quality, and the use of systematic clinical protocols with objectives
to better control the care practices and their impact on patient safety.
Keywords: Hospital records. Protocols. Nursing audit. Hospital costs.
Review.
INTRODUÇÃO
A atividade de auditoria tem surgido como
uma ferramenta importante para mensuração da qualidade (auditoria de cuidados)
e custos (auditoria de custos) das instituições de saúde1. O
surgimento da auditoria está baseado na necessidade de confirmação, por parte
dos investidores e proprietários, da realidade econômica e financeira espelhada
no patrimônio das empresas em que investem e, principalmente em virtude do
aparecimento de grandes empresas multigeograficamente distribuídas e simultâneo
ao desenvolvimento econômico que propiciou a participação na formação do
capital de muitas empresas 1-18.
A auditoria pode ser desenvolvida em vários setores da saúde
e por diferentes profissionais, destacando-se a auditoria médica e auditoria de
enfermagem, ambas, dispondo de áreas específicas de atuação, com objetivos
comuns que são o de garantir a qualidade no atendimento ao cliente, evitando
desperdícios e auxiliando no controle dos custos 1-24.
Um dos instrumentos imprescindíveis à auditoria é o prontuário
do paciente, definido como um documento que contém informações diárias, de
âmbito multiprofissional, relacionadas ao ciclo do cuidado prestado durante o
processo de internação4-7. E, a anotação de enfermagem é um dos
principais instrumentos de apoio para a análise das contas hospitalares na
auditoria, que devem “registrar as
condições do paciente” e sua atividade; transmitir informações acerca do
paciente; prover uma base de integração e continuidade do plano total de
cuidados; mostrar que as prescrições médicas foram cumpridas em relação à
medicação e ao tratamento4,5.
Observa-se que as anotações efetuadas pela enfermagem
consistem, portanto, no mais importante instrumento de prova de qualidade da
sua atuação, uma vez que 50% das informações inerentes ao cuidado do cliente/paciente
são fornecidas por esta categoria profissional, tornando indiscutível a
necessidade de anotações (registros) adequados e frequentes nos prontuários do
pacientes, onde devem ser relatados o estado geral do paciente, bem como os
cuidados e as intercorrências que venham acontecer no período no seu cuidado15.
A
glosa é considerada como o cancelamento parcial ou total
do orçamento apresentado pela instituição
após a prestação de seus serviços,
mas, considerado pela fonte pagadora, como ilegal ou indevido, aplicada
quando
qualquer situação gera dúvida em
relação à regra e à prática adotada
pela
instituição auditada6,11,12,16.
Boa parte das glosas hospitalares é justificada por ausência
de anotações, principalmente ações das equipes de enfermagem e médica. Mas, se
houvesse ações sistematizadas pelas equipes multidisciplinares, estas poderiam
ser melhores delineadas através do uso de protocolos assistenciais, que
facilitariam a mensuração das ações sendo, portanto, um instrumento para a
auditoria de contas hospitalar, que também evitariam glosas6,11,12,16.
As ausências de informações nas anotações
efetuadas no prontuário são frequentes quando se tem problemas de compreensão
da letra, com isso o índice de glosas tem sido significativo, aumentando assim
as glosas efetuadas, levando a um valor considerável à instituição7-9, 14.
Os registros do prontuário do cliente/paciente são também
utilizados para fins de faturamento/cobrança, para auditoria interna ou
externa, para obtenção de dados estatísticos sobre as atividades realizadas e
para análise institucional. É de interesse de todos os envolvidos nos processos
de análises de faturamento, tanto do hospital como do plano de saúde, que sejam
anotadas, com qualidades e exatidão, as informações no prontuário, pois através
delas serão avaliados os procedimentos realizados entre outros itens, como
materiais e medicamentos, o que repercutirá na estabilidade financeira das
instituições. Assim, é indispensável neste processo o pleno conhecimento da
equipe, a padronização do processo de trabalho com protocolos, a capacitação
contínua e sistematizada, a reflexão sobre o conteúdo das informações e dos
impressos para anotação6-9,14.
Nos últimos anos, tem sido observada uma maior preocupação
no processo de qualidade e assistência ao paciente, focado em padrões de
qualidade e acreditação, que utilizam ferramentas de gestão no ciclo do cuidado
que garantem maior conformidade nos registros de prontuários do paciente
utilizando evidências científicas e protocolos assistenciais como norteadores
de qualidade institucional e da melhoria da auditoria e de glosas5.
Define-se como
protocolos assistenciais, orientações sistematizadas, às vezes em formato de
fluxograma ou de uma
matriz temporal, baseados nas diretrizes e evidências da literatura e elaborados
por especialistas de uma instituição na qual serão implementados. Priorizam pontos críticos e
básicos no processo de decisão. É uma atividade que agrega valor ao negócio, mas que precisa de pessoas envolvidas, responsáveis,
comunicando-se. Não é apenas um
preenchimento de ficha, mas, um
retrato do que precisa e precisou ser feito no ciclo do cuidado do paciente. Através de uma assistência sistematizada
utilizando protocolos assistenciais poder-se-á conseguir:1-
um equilíbrio entre os requisitos dos
clientes e a melhoria da qualidade; 2-prover treinamentos apropriados;
3-assegurar a rastreabilidade e repetitividade; 4-prover
evidências objetivas;
5-avaliar a eficácia e a contínua adequação
do sistema de gestão. A padronização
dos protocolos assistenciais coleta, organiza, analisa e descreve idéias, assim
como verifica e padroniza, servindo de
base para indicadores de riscos/qualidade.
Os protocolos
devem cumprir três funções: 1- gerencial (controlar a lei da variabilidade clínica
nos serviços de saúde, instrumentalizar os profissionais na tomada de decisão, homogeneizar
as condutas clínicas); 2- educacional (produto de treinamentos e educação), e 3- comunicação (educar os profissionais e o paciente/usuário
em relação às condições da doença e saúde)5.
Com base no exposto, o presente trabalho foi proposto com o
objetivo de evidenciar qual a produção científica acerca da importância do uso
de protocolos assistenciais na diminuição de glosas hospitalares, através da
auditoria, tendo como base uma revisão sobre o tema na literatura.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão
integrativa da literatura referente à produção científica a respeito do tema em
questão. Esse método viabiliza a análise de pesquisas científicas de modo sistemático
e amplo e favorece a caracterização e a divulgação do conhecimento produzido16.
Para a sua elaboração, a metodologia foi operacionalizada por meio das
seguintes etapas: estabelecimento da questão norteadora da pesquisa, busca na
literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos,
interpretação e síntese dos resultados e apresentação da revisão.
A busca online foi
realizada por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), na base de dados
eletrônica Scientific Electronic Library
Online (SciELO), Literatura Latino-americana e do Caribe de Informação em
Ciências da Saúde (LILACS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF); Portal da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e, Google
Acadêmico. Para operacionalizar a busca, utilizaram-se as palavras-chaves: glosa hospitalar, protocolos assistenciais e auditoria,
a partir dos descritores: registros
hospitalares; protocolos; auditoria de enfermagem; custos hospitalares; revisão
(DeCS- http:/decs.bvs.br).
A seleção dos artigos foi
realizada no período de 2000 a 2015, por meio dos seguintes critérios de
inclusão: artigos periódicos online nacionais
indexados nas bases de dados, e cujos textos estivessem apresentados na
íntegra, retratando a temática e publicados no período do estudo, oriundos de
estudos desenvolvidos no Brasil, em português e relacionados aos descritores
selecionados.
Para a seleção dos artigos
realizou-se, inicialmente, a leitura dos resumos das publicações selecionadas
com o objetivo de refinar a amostra por meio de critérios de inclusão e
exclusão.
Os critérios de exclusão
foram: artigos com ausência de resumo nas plataformas de busca on-line, artigos
de reflexões e ou os que não estivessem associados aos
descritores/palavras-chaves selecionados.
A avaliação crítica dos
artigos constituiu, na literatura, o estudo na íntegra, em seguida na
sintetização de artigos selecionados. Para tal, elaborou-se um instrumento de
coleta de dados, que foi preenchido para cada artigo da amostra final, contendo
as seguintes variáveis: referência (autor, data), objetivos, fonte de busca e
resultados encontrados.
Após a busca, foram identificados vários artigos que não enquadraram nos critérios de
inclusão. Na sintetização dos artigos selecionados, elaborou-se um instrumento
de coleta de dados, preenchido para cada artigo da amostra final, contendo as
seguintes variáveis: referência (autor, data), bases de dados, objetivos e
resultados encontrados.
Os dados evidenciados na análise foram
discutidos segundo literatura e apresentado de forma descritiva, com fins de
possibilitar a aplicabilidade prática da auditoria nos registros de enfermagem,
focados nas causas de glosas hospitalares e se uso de protocolos assistenciais
que possam minimizar estas.
RESULTADOS
Na revisão bibliográfica realizada foram identificados
vários artigos relacionados à auditoria, auditoria de enfermagem, porém 11
artigos atenderam aos critérios de inclusão previamente estabelecidos, segundo
palavras-chaves e descritores selecionados que podem ser observados no Quadro
1, e que contém as variáveis estudadas, no
período de 2000 a 2015.
Dos vários artigos identificados, observaram-se 139
relacionados às palavras-chaves selecionadas: glosas e prontuários; glosas
hospitalares; glosas e prontuários assistenciais; protocolos assistenciais sem
glosas e ou auditorias de prontuários; e protocolos assistenciais e auditorias,
auditorias de enfermagem. Foram encontrados 4.094 artigos relacionados a
auditoria de enfermagem e 32.906 em auditoria.
Não foram encontrados estudos que estivessem correlacionados
ao processo de auditorias de prontuários e ou glosas utilizando protocolos
assistenciais, baseados em evidências científicas, como ferramenta para
sistematizar a coleta de registros da assistência prestada segundo plano
diagnóstico e ou terapêutico, que consequentemente minimizassem as perdas de
registros relacionados aos serviços prestados pela instituição ao paciente.
Em relação aos anos em que foram publicados os artigos
estudados, segundo descritores utilizados, não foram encontrados estudos nos
anos: 2000, 2001, 2005, 2006, 2010, 2011 e 2014. No ano de 2002 foi encontrado
um artigo com os critérios de inclusão e nos demais observaram-se: 2003 (n=1);
2004 (n=1); 2007 (n=1); 2008 (n=3); 2009 (n=1); 2012 (n=1); 2013 (n=1) e 2015
(n=1). A base de dados, fonte, mais encontrada foi LILACS (n=8) (Quadro
1).
Todos os estudos (100%) estiveram relacionados à importância
da enfermagem e ou das equipes no
processo de auditoria, assim como às principais não conformidades encontradas
que levaram às glosas dos serviços prestados assim como os seus impactos e ou
dificuldades advindas destas no processo de cobranças e ou perdas financeiras
institucionais durante a assistência prestada (Quadros 1, 2).
Quadro 1. Dados
sobre a referência, ano, fonte de dados, objetivos e resultados encontrados dos
estudos selecionados.
Autor |
ANO, FONTE DE DADOS |
OBJETIVOS |
RESULTADOS ENCONTRADOS |
GALVÃO, CF6 |
2002, SciELO |
Investigar o papel da auditoria de
enfermagem na redução de desperdícios de materiais e medicamentos,
considerando-a como uma ferramenta administrativa para o controle de custos. |
Verificados os registros incorretos da
equipe de enfermagem com relação aos medicamentos e materiais. Não há um
trabalho proativo para a redução de desperdícios hospitalares em materiais e
medicamentos, sendo necessária a revisão de suas rotinas, bem como a
implantação de um treinamento e a conscientização da equipe de enfermagem, a
fim de que todos sejam informados dos recursos econômico-financeiros do
hospital, uma vez que valores não pagos pelos convênios médicos, em
decorrência de falhas nos registros de
enfermagem, são significativos. |
RIOLINO, NA7 |
2003, LILACS |
Relata a atuação de enfermeiras que
exercem a função de Auditoras de Prontuário, considerado como o comprovante
de dados e ações realizadas durante a internação e a auditoria, embora
usualmente atuante como agente controlador dos custos, tem aqui aplicação
sobre outro prisma, visando a conformidade de informações baseada em padrões
institucionais e princípios éticos e legais. O principal objetivo foi o de
promover ações de melhorias a partir dos resultados encontrados, em conjunto
com as equipes multiprofissionais |
Observado uma maior preocupação de toda
instituição quanto ao correto preenchimento da documentação e que o
enfermeiro auditor de prontuário é uma tendência, com campo de atuação vasto
e significativo, garantindo importante inserção e reconhecimento no mercado.
Onde a enfermagem realizará um maior número de anotações extensas e
pouco específicas, mais legíveis e
objetivas. |
RODRIGUES, V A8 |
2004, LILACS |
Estudo retrospectivo de natureza
exploratória descritiva, com objetivo de investigar os fatores intervenientes
nas glosas ocorridas em um hospital de ensino. A coleta de dados incluiu as
glosas identificadas a partir de seus recursos, junto a duas operadoras de
planos de saúde, no período de janeiro a março de 2003. |
Foram encontrados 17.324 itens glosados
nos 85 recursos de glosas analisados, os quais representaram um valor de R$
31.856,52. Os recursos de glosas para materiais representaram 55% do valor
total. Cerca de 99,6% dos recursos de glosas para materiais foram embasados
nas “anotações e/ou checagem de enfermagem”. Correlacionando o valor dos
recursos de glosas com as justificativas relacionadas com a equipe de
enfermagem notou-se que essas últimas justificavam o estorno de R$ 22.877,80.
Conclui-se que a prática de anotação de enfermagem é de extrema importância
para as instituições de saúde uma vez que a partir dela é possível reaver
cerca de 87,7% do custo total glosado pelos de planos de saúde |
LUZ, A9 |
2007, LILACS |
Identificar a qualidade dos registros
de enfermagem em contas hospitalares. |
Observadas anotações realizadas por
turno e não por horário, rasuras nas escritas e espaços em branco ao longo do
impresso, falta de carimbo e de assinatura. Há prontuários em que a checagem
de prescrições não ocorre ou é realizada de forma incorreta; há também
anotação incompleta de sinais vitais. De um modo geral as anotações são
compreensíveis embora a letra seja pouco legível e há a utilização de siglas
padronizadas e termos técnicos. |
GODOI, AP10 |
2008, LILACS |
Avaliar os indicadores mais frequentes
nas discussões hospitalares através de uma avaliação dos prontuários e das
anotações de enfermagem, para a diminuição destes índices de maneira global. |
Observada inconsistência, incoerência
entre prescrição, evolução clínica, anotação e checagem de enfermagem. |
SCARPARO, AF11 |
2008, BDENF |
Identificar e analisar opiniões de
especialistas em auditoria que atuam no contexto da enfermagem e sistematizar
tendências de concepção, método e finalidade da auditoria de enfermagem, utilizando-se a técnica Delphi, que consiste em um tipo de
avaliação prospectiva e consensual de tendências, por parte de especialistas
no tema investigado. Uma técnica indicada quando há inexistência de dados,
necessidade de abordagem multidisciplinar ou mesmo quando há falta de
consenso em determinado assunto. |
Os resultados revelaram que a concepção
da auditoria está focada na visão contábil e financeira, tendo em vista a
sustentação econômica do hospital e como ato de controladoria visando
identificar pagamentos indevidos referentes à conta hospitalar; que no
futuro, a essa concepção, será associada à avaliação da qualidade da
assistência, com envolvimento em outras áreas que nela interferem. |
CIANCIRULLO, TI12 |
2008, SciELO |
Analisar o sistema de assistência de
enfermagem |
Foi verificado que a assistência de
enfermagem prestada relacionada a sua evolução e tendência, visa um trabalho
proativo para a redução de desperdícios hospitalares em materiais e
medicamentos, sendo necessária a revisão de suas rotinas, bem como a
implantação de um treinamento e a conscientização da equipe de enfermagem. |
FERREIRA, TS13 |
2009, LILACS |
Identificar o impacto causado pelo não
registro de enfermagem contrapondo às eventuais glosas, evidenciando os
principais tipos decorrentes destes registros. |
Observado que a anotação de enfermagem
não deve ser encarada como um simples cumprimento de norma burocrática,
passível de esquecimento. É preciso que se tenha a noção de sua real
importância e das implicações decorrentes do não preenchimento correto deste
documento. A conseqüência observada foram glosas em medicamentos (53,0%);
taxas e aluguéis (2,9%) e de materiais (23,0%). |
MULATINHO, LM14 |
2012, Google Acadêmico |
Avaliar os fatores determinantes das
glosas hospitalares |
Identificados 13 itens glosados,
somando um total de 215 glosas, dessas, 148 (68,84%) foram glosas de
medicamentos e 67 (31,16%) glosas de materiais. As glosas referentes aos
medicamentos foram classificadas como técnicas, já as glosas dos materiais
como técnicas e administrativas. |
PEREIRA DOS SANTOS15 |
2013, Google Acadêmico |
Investigar os motivos de glosas
ocorridas em um hospital da cidade de São Paulo, através da coleta de dados
de glosas identificadas a partir de seus recursos, junto a uma operadora de
planos de saúde. |
Foram encontrados 921 itens glosados
nos recursos analisados, cujo valor total foi de R$ 173.603,36. Noventa e um
por cento dos recursos referem-se a glosas administrativas e 9% à glosas
técnicas. Quando o valor é recusado cerca de 22% são acatados. Os resultados
finais revelaram que 75% das glosas ocorridas podem ser evitadas. |
GUERRER, GFF16 |
2015, LILACS/SciELO |
Através de pesquisa quantitativa
exploratória, descritiva do tipo estudo de caso único foram verificados os
itens componentes das contas hospitalares conferidos por enfermeiros
auditores, que mais recebem ajustes no momento da pré-análise, identificando
o impacto dos ajustes no faturamento das contas analisadas por enfermeiros e
médicos auditores e as glosas relacionadas aos itens conferidos pela equipe
de auditoria. |
Após a análise de 2.613 contas
constatou-se que o item mais incluído por enfermeiros foram gases (90,5%) e o
mais excluído medicamentos de internação (41,2%). Materiais de hemodinâmica;
gases e equipamentos foram os que mais impactaram nos ajustes positivos. Os
ajustes negativos decorreram de lançamentos indevidos nas contas e não
geraram prejuízos de faturamento. Do total de glosas 52,24% referiu-se à
pré-análise dos enfermeiros e 47,76% a dos médicos. |
Quadro 2.
Principais não conformidades observadas nas anotações em prontuários segundo
referência (autor data).
NÃO CONFORMIDADE |
AUTOR, DATA |
Registros incorretos da equipe de enfermagem com relação
aos medicamentos e materiais |
GALVÃO, CF6; 2002 |
Anotações extensas e pouco específicas |
RIOLINO, NA7; 2003 |
Falta de carimbo e de assinatura Anotação incompleta de sinais vitais Letra pouco legível Anotações realizadas por turno e não por horário Rasuras nas escritas Espaços em branco ao longo do impresso Falta de assinatura Checagem de prescrições não ocorridas ou realizadas |
LUZ, A9; 2007 |
Inconsistência, incoerência entre prescrição, evolução
clínica, anotação e checagem |
GODOI, AP10; 2008 |
Exclusão de medicamentos de internação; materiais de
hemodinâmica; gases e equipamentos. Lançamentos indevidos nas contas |
GUERRER,GFF16 ;2015 |
DISCUSSÃO
O processo de auditoria é conceituado como uma avaliação
sistemática e formal de uma atividade realizada por pessoas não envolvidas
diretamente em sua execução, a fim de se determinar se a atividade está de
acordo com os objetivos propostos sobre o tema em estudo1-18. O
termo ‘auditoria’ refere-se a avaliação, exame analítico e pericial que segue o
desenvolvimento das operações e atividades, sejam elas contábeis desde o início
até o balanço ou outras1,13,17.
Na área da saúde, a auditoria tem
ampliado seu campo de atuação para a análise da assistência multiprofissional
prestada, tendo em vista a qualidade e seus envolvidos, que são o paciente, o
hospital, os colaboradores e as operadoras de saúde, conferindo os
procedimentos executados com os valores cobrados para garantir um pagamento
justo. Assim, a análise realizada envolve aspectos quantitativos e qualitativos
da assistência, ou seja, a avaliação da eficácia e eficiência do processo de
atenção à saúde onde estão incluídas todas as atividades realizadas5-16.
A auditoria hospitalar deve ter um foco
preventivo, que deverá buscar uma orientação, numa linguagem única, que deve
ser realizada pelo serviço de auditoria da instituição, com bases nas práticas
realizadas pelos multiprofissionais que assistem ao paciente com qualidade, com
economia e redução de custos. É, portanto, um processo que vem sendo
estabelecido nas instituições de saúde como um todo, pois trata-se de uma
ferramenta controladora de custos e de qualidade assistencial, focada,
preferencialmente, em protocolos clínicos, no qual os profissionais da
enfermagem e outros, tem entendido esta questão e trabalhado para contribuir
que o fluxo e documentos utilizados sejam os mais adequados1, 5-16.
Em relação a auditoria de custos, esta
tem como finalidade conferir e controlar o faturamento das contas das
atividades geradas durante a assistência prestada e que são enviadas para as
fontes pagadoras, além de verificar exames e procedimentos realizados, efetuar
visitas de rotina a pacientes internados, cruzando as informações recebidas com
as que constam no prontuário do paciente6-17. Visa, também,
investigar a propriedade dos gastos e processos de pagamentos; analisar as
estatísticas, indicadores hospitalares e específicos da organização; conferir
os sistemas de faturamento das contas médicas e, ainda, elaborar processos de
glosas contratuais e administrativas6-17.
Discute-se muito sobre custo, mas, pouco
o define para uma melhor compreensão. Assim, custo é utilização normal de bens
ou serviços no processo de produção de outros bens ou serviços, devendo
satisfazer a dois requisitos: 1- ocorrência de utilização de um recurso
econômico, e, 2- o objetivo de produzir bens ou serviços, para ser, então
considerado como custo, que exigirá o recurso de normalidade e previsibilidade
dentro do processo produtivo1,5,25. Mas, se a utilização ocorrer de maneira
anormal, em decorrência de um sinistro, por exemplo, a literatura contábil o
classifica como perda, pois não é necessário à produção. Na prestação de
serviços, a produção e o consumo ocorrem simultaneamente, pois os serviços não
são estocáveis1,5, 25.
Nas 11 (100,0%) publicações estudadas, o
que chama atenção é a referência das dificuldades encontradas nas auditorias de
enfermagem relacionadas à qualidade dos registros de prontuários que dificultam
a obtenção de informações que poderão gerar inseguranças na prática
assistencial do paciente, assim como déficit nas cobranças dos serviços
prestados pela instituição de saúde/ hospital. Não conformidades, em registros
de atividades prestadas no cuidado do paciente, sem a menor dúvida interferem
na quantificação do trabalho realizado, nos custos gerados por eles, pela falta
de evidências do que foi executado durante o cuidado prestado ao paciente, o
que gerará glosas por parte das fontes pagadoras.
Observou-se na revisão realizada que,
quanto maior o número de falta de registros dos produtos/atividades gerados
consequentes à assistência prestada, maior serão as oportunidades de glosas,
isto é, os não pagamentos pelo serviço realizado.
Também não se observa, nestes estudos, a
necessidade de se ter um sistema uniforme do processo de auditoria que foque em
atividades não só assistenciais que guiem os procedimentos realizados conforme
fluxos e ou evidências científicas. Ainda são muito básicas as não
conformidades encontradas nos registros e ou não registradas que dificultam o
processo do auditar corretamente. Percebe-se nas atividades realizadas pelos
multiprofissionais, nos estudos avaliados, a existência de falhas do processo
de auditar, sem a intervenção em melhorias de forma sistemática e processual.
Registram-se as não conformidades, mas, não são incluídos os planos de ações
para que ocorram as mudanças necessárias, embora, haja sugestões de processos
educacionais das equipes multiprofissionais como alternativa de melhorias no
processo de registros em prontuários.
Observou-se,
também, que as glosas ou
correções são aplicadas quando qualquer
situação gera dúvidas em relação
às
regras e às práticas adotadas pela
instituição de saúde. E, quando elas
acontecem, observa-se a existência de conflito na
relação entre a fonte
pagadora e o prestador de serviços, fazendo com que as
instituições de cuidado
à saúde que têm os seus valores dos serviços
prestados glosados pelas fontes
pagadoras, lancem mão de recursos denominados “recursos de
glosas”, a fim de
recuperar suas perdas econômicas. Mas, mesmo com uma nova
oportunidade de
recorrer às glosas, a instituição perde tempo em
receber os aportes
financeiros, que foram gastos durante o ciclo do cuidado ao paciente.
Interessante observar nos estudos (n=11)
que o motivo das glosas e ou das dificuldades na auditoria dos serviços
prestados pelas instituições está relacionado, na grande maioria, à falta de
registros em prontuários do paciente dos itens utilizados durante a assistência
prestada. Também a ilegibilidade dos registros em prontuários é outro fator de
importância a ser considerado, e, um forte argumento para que as instituições
busquem ações de melhorias que poderão estar relacionadas e justificadas à
implantação de prontuários eletrônicos, que podem auxiliar neste processo de
perdas de informações registradas.
Sabe-se nos dias atuais a importância de
se assistir aos pacientes nas instituições de saúde/ hospitais focadas em
referências na gestão do conhecimento e nas evidências científicas que são,
tanto provedoras à empresa de subsídios que garantem esta efetividade,
qualidade, velocidade de mudanças, ajustes e inovação, quanto ao cliente do
processo, à medida que depende de inputs de estratégia para realinhá-la
constantemente5,26,27.
Conceitua-se a gestão do conhecimento
como o processo de obter, gerenciar e compartilhar a experiência e
especialização dos colaboradores, com o objetivo de ter acesso a melhor
informação no tempo certo. Estes conceitos baseiam que a “conversão do
conhecimento” está relacionada à interação social, uma vez que é criado e
expandido através das relações entre o conhecimento tácito e explícito5,25,28.
Aprofundando esta questão, observa-se que
a gestão do conhecimento começa com o entendimento (saber-fazer) de um
indivíduo, mas a criação de competência organizacional requer uma ligação e
coordenação com os conhecimentos e capacidades de outros indivíduos
(“articulação do conhecimento articulado”), e potencialmente de outras
organizações. Para tanto a empresa deve atentar para: identificar a utilização
estratégica do conhecimento; identificar o propósito do conhecimento; entender
como transferir (difundir) o conhecimento; controlar a difusão, evitando que
haja a perda da distinção competitiva (questão gerencial crítica)5, 26-28.
Do ponto de vista estratégico,
organizações hospitalares através de programas de gestão do conhecimento com o
envolvimento de suas equipes multidisciplinares em parceria com as fontes
pagadoras, são plenamente detentoras de vantagem competitiva. Entretanto, há de
se observar o contexto organizacional que tende a capacitar ou criar barreiras
à gestão do conhecimento. Assim, a cada dia, vem se utilizando da Medicina
Baseada em Evidências (MBE), considerada como a integração das melhores
evidências decorrentes de pesquisas cientificamente orientadas, com a
habilidade clínica do médico responsável pela decisão e a preferência do
paciente5,26-28.
Através da MBE, um método da organização
de trabalho em saúde que visa vários resultados através da qualificação do
processo decisório, pode-se utilizá-la como um critério de maior certeza de
determinados achados e opiniões, apoiado em dados e informações cuja análise é
feita dentro de padrões previamente estipulados26,27. O que sem a
menor dúvida, organiza o processo do cuidado, identificando as diversas fases
do processo assistencial, o que facilitará o processo de auditorias dos
serviços prestados, e consequentemente, melhorar e ou até evitar glosas.
Observou-se nos estudos (n=11) que,
principalmente os médicos, ao evoluírem e prescreverem os pacientes, determinam
os procedimentos a serem executados. Entretanto, nem sempre os demais
profissionais, inclusive outros médicos, entendem ou estão aptos a compreender a ordem
desejada. Neste sentido, os protocolos assistenciais poderiam incentivar às
equipes multidisciplinares a sistematizar a integração de todos, a partir de
uma linguagem comum codificada e legítima, que, envolva também as fontes
pagadoras no sentido de que entendam e apoiem o plano terapêutico, facilitando
autorizações e, assim, evitando possíveis glosas.
Considerando que os protocolos
médico-assistenciais são planos diagnósticos e terapêuticos para serem
cumpridos, como instrumentos transparentes de avaliação,
comunicação, orçamento, e, importantes ferramentas no processo da visualização
da qualidade assistencial, servindo não só para antecipar os custos, assim
como para evidenciar a eficácia dos resultados, nos estudos, observa-se que a
construção e implementação dos protocolos médico-assistenciais, pode ser uma
importante estratégia tática e operacional no ciclo do cuidado
multiprofissional5,29,30.
Assim, os protocolos médico-assistenciais
são formas “do que fazer e como fazer” em determinadas situações, são best practices que todos os
hospitais/ instituições de saúde deveriam buscar para obter uma qualidade
mandatória5,29,30.
Nos estudos selecionados, ainda não se
observa a existência de referências do uso de protocolos assistenciais
utilizados como elemento de qualidade nas auditorias das atividades
multiprofissionais institucionais, e consequentemente, como uma ferramenta
importante na melhoria de glosas. Parece ser ainda muito incipiente nas
instituições/hospitais o conceito de processos assistenciais segundo evidências
científicas como norteadores e sistematizadores do cuidado prestado, como uma
cultura de resultado tanto na qualidade e segurança do paciente como na
viabilização econômica advinda de um trabalho que deva seguir um fluxo e que
seja adequadamente e corretamente registrado nos prontuários do paciente.
É importante, também mencionar que o foco de não
conformidades relacionadas à falta de registros em prontuário, não devem ser
focadas apenas nos serviços prestados ao paciente, mas, também, e
principalmente, ao plano diagnóstico e terapêutico proposto pelas equipes
multidisciplinares, que devem sem embasados em evidências científicas, que dão
bases a sistematização de protocolos assistenciais5.
Observou-se que existe uma importante quantidade de artigos
referentes a temática auditoria e a assistência prestada ao paciente, com foco
nas não conformidades dos registros em prontuários e consequentes glosas. Mas,
há ainda a necessidade de se aprofundar novos estudos que deem visibilidade a
esse tema, especialmente por serem os registros assistenciais em prontuários
importantes instrumentos de comunicação dos serviços prestados pela instituição
de saúde/hospital, durante o internamento do paciente. Também se salientam os
aspectos econômicos, legal, histórico, de ensino e pesquisa que são gerados, e
que fornecem informações imprescindíveis para que a equipe multiprofissional
possa agir em conjunto segundo objetivos comuns, que prioriza um cuidado
eficiente, de qualidade, humanizado e com rastreabilidades.
Assim, é mister a necessidade de uma
reflexão crítica da função-papel do enfermeiro e das equipes
multidisciplinares, no âmbito hospitalar, acerca da auditoria não somente como
uma ferramenta voltada aos interesses financeiros e políticos das instituições,
mas, também, e, principalmente como uma estratégia na busca e conquista da
qualidade do atendimento e assistência multiprofissional, focados em evidências
científicas, utilizando a sistematização de protocolos assistenciais, que sem a
menor dúvida, facilitarão o processo de coleta de informações da auditoria de
prontuários.
Também é importante treinar equipes
multidisciplinares para a melhoria dos registros em prontuários, não só na
completude destes, mas, na sua legibilidade, processo este que depende de tempo
e de mudanças, principalmente de hábitos por parte das diversas equipes,
principalmente, os que registram em prontuários.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base na revisão realizada, pode-se observar que as instituições de
saúde/hospitais estão evoluindo rapidamente em relação à qualidade dos serviços
prestados, vislumbrando o baixo custo hospitalar através de equipes de
profissionais qualificadas, com a visão financeira e holística do cliente, mas,
que ainda não usam protocolos assistenciais baseados em evidências científicas
como elementos de sistematizar a uniformização dos registros a serem auditados,
evitando assim, as não conformidades nas informações obtidas, o que
minimizariam as glosas hospitalares e a falta e/ou ilegibilidade de registros
da assistência prestada relacionada à qualidade e segurança do paciente.
DECLARAÇÃO
DE PARTICIPAÇÃO
Joana Angélica Santos Veloso Silva,
Sylvia Lemos Hinrichsen, Kaline Assis Carneiro Brayner e Marcela Coelho Lemos
contribuíram substancialmente para a concepção e planejamento do projeto,
obtenção de dados ou análise e interpretação dos dados;
Sylvia Lemos Hinrichsen e Tatiana de Aguiar Santos
Vilella contribuíram significativamente na elaboração do rascunho ou na
revisão crítica do conteúdo.
Sylvia Lemos Hinrichsen e Tatiana de Aguiar Santos
Vilella participaram da aprovação da versão final do manuscrito.
REFERÊNCIAS
1. Goto DYN. Instrumento de Auditoria
Técnica de Conta Hospitalar Mensurando Perdas e Avaliando a Qualidade da
Assistência [monografia]. Curitiba: Universidade Federal do Paraná; 2001.
Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=315378&indexSearch=ID Acesso em 01/09/16.
2. Paim CR, Ciconelli RM. Auditoria de
Avaliação da Qualidade dos Serviços de Saúde. Rev Adm Saúde 2007; 9(36): 85-91.
3. Cortêz DT, Martins MR, Dela Torre SFS. Enfermagem em auditoria: uma revisão integrativa. Revista Saúde e Pesquisa 2013; 6(3): 511-15.
4. Bacelar S; Almeida WM; Andrade GM. Falhas e dúvidas
comuns no uso do prontuário do paciente. Brasília Médica 2002; 39(1/4): 42-51.
5. Hinrichsen SL. Qualidade &
Gestão de Riscos Segurança do Paciente. Rio de Janeiro: Medbook; 2012.
6. Galvão CF. Estudo do papel da auditoria de enfermagem
para a redução dos desperdícios em materiais e medicamento. Mundo saúde (Impr.) 2002; 26(2): 275-82.
7. Riolino AN, Kliukas GBV. Relato de
Experiência de Enfermeiras no Campo de Auditoria de Prontuário-uma ação
inovadora.
Revista Nursing 2003; 65(6): 35-38.
8. Rodrigues VA, Perroca MG, Jericó MC. Glosas
hospitalares: importância das anotações de enfermagem. Arq Ciência Saúde
2004; 11(4): 210-14.
9.
Luz A, Martins AP, Dynewicz AM. Características de
anotações de enfermagem encontradas em auditoria. Rev Eletr Enf [Internet]
2007; 9(2): 344-61.
10. Godoi NA, Machado CS, Lins MA, Cruz MG, Batista VM, Rosa BA.
Auditoria de custo: análise comparativa das evidências de glosas em prontuário
hospitalar. Rev Inst Ciênc Saúde 2008: 26(4): 403-8.
11. Scarparo AF, Ferraz CA.
Auditoria em Enfermagem: Identificando sua concepção e métodos. Rev Bras Enferm
2008; 61(3): 302-5.
12. Cianciarullo TI. Tendências. In: Cianciarullo TI. C
& Q: teoria e prática em auditoria de cuidados 1997; 10: 105-10.
13. Ferreira TS, Souza-Braga AL, Cavalcanti–Valente GS,
Souza DF, Carvalho-Alves EM. Auditoria em enfermagem: o impacto das anotações
de enfermagem no contexto das glosas hospitalares. Revista Aquichán 2009; 9(1):
38-49.
14. Mulatinho LM, Passos KFM, Torres LCGFL, Sousa PV.
Auditoria de enfermagem: uma contribuição à minimização das glosas
hospitalares. Revista de Pesquisa em Saúde 2012; 1(1): 35-40.
15. Franco MTG, Alcemi EM, Inocento MD. Avaliações dos
registros de enfermeiro em prontuários de pacientes internados em unidade
clínica. Acta paul enferm 2012; 25(2): 163-70.
16. Guerrer G, Lima AFC, Castilho
V. Estudo
da auditoria de contas em um hospital de ensino. Rev
Bras Enferm 2015; 68(3): 358-63.
17. Brasil. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Manual de Acreditação das Organizações Prestadoras de
Serviços Hospitalares. Brasília: 2000.
18. Santos MP, Rosa CDP. Auditoria de contas hospitalares:
análise dos principais motivos de glosas em uma instituição privada. Revista da
Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba. 2013; 15(4): 125-132.
19. Vituri DW; Matsuda LM. Os registros
de enfermagem como indicadores da qualiade do cuidado: um estudo documental,
descritivo-exploratório e retrospectivo. Online Braz J Nurs 2008; 7(1): 1-15.
20. Prado PR, Assis WALM. A importância das anotações de
enfermagem nas glosas hospitalares. CuidArte Enferm 2011; 5(1): 62-68.
21. COFEN. Conselho Federal de
Enfermagem. Resolução –COFEN No 266/2001. Dispõe sobre Atividades do Enfermeiro
Auditor. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-2662001_4303.html
Acesso em 18/10/16.
22.
Scarparo AF. Auditoria em Enfermagem: revisão de literatura. Nursing 2005;
8(80): 46-50.
23. Dias TCL, Santos JLG,
Cordenuzzi OCP, Prochnow AG. Auditoria em enfermagem: revisão sistemática da
literatura. Rev Bras Enferm 2011; 64(5): 931-7.
24. Camelo SHH, Pinheiro A, Campos D, Oliveira TL. Auditoria
de enfermagem e a qualidade da assistência à saúde: uma revisão da literatura.
Rev. Eletr. Enf. [Internet] 2009; 11(4): 1018-25.
25. Falconi V. O Verdadeiro poder. práticas de gestão que
conduzem a resultados revolucionários. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços
Ltda; 2009.
26. Drummond
JP et al. Medicina Baseada em Evidências:
Novo Paradigma Assistencial e Pedagógico. 2 ed. São Paulo: Atheneu; 2002.
27. Castiel
LD, Pávoa EC. Medicina Baseada em Evidências: “Novo
paradigma assistencial e pedagógico?” Interface
- Comunic Saúde Educ 2002; 6(11): 117-32.
28. Silva SL. Gestão do conhecimento: uma
revisão crítica orientada pela abordagem da criação do conhecimento. Ci. Inf
2004; 33(2): 143-151.
29. Makdissel M, Katz M, Corrêa AG,
Forlenza LM, Perin MA, Júnior FSB, Nascimento TCD, Gomes IM, Franken M, Knobel
M, Pesaro AEP, Santos OFP, Neto MC, Lottenberg CL. Efeito da implementação de um protocolo assistencial de
infarto agudo do miocárdio sobre os indicadores de qualidade. Einstein.
2013;11(3): 357-63.
30. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolos clínicos e
diretrizes terapêuticas. Volume 2.Brasília 2010. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_clinicos_diretrizes_terapeuticas_v2.pdf
Acesso em
01/09/16.
Recebido: 06/01/2017; Aceito e publicado: 12/01/2017
Correspondência: Sylvia Lemos
Hinrichsen – Rua Jornalista Guerra de Holanda,
158/2601 – Casa Forte – CEP 52061-010 – Recife (PE), Brasil – E-mail: sylviahinrichsen@hotmail.com
Fonte de financiamento: Não se aplica
Conflito de
interesse: Não existe conflito de interesse
© This is an
Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons
Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and
reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
_______________________________________________
Revista de Administração em Saúde
ISSN 2526-3528 (online)
Associação Brasileira de Medicina Preventiva e Administração em Saúde
Avenida Brigadeiro Luis Antonio, 278 - 7o andar
CEP 01318-901 - São Paulo-SP
Telefone: (11) 3188-4213 - E-mail: ras@apm.org.br