O anestesiologista no cenário da segurança do paciente em pacientes gravemente enfermos.

Iris Galdino Ueda, Patricia Mitsue Saruhashi Shimabukuro, Cirilo Haddad Silveira, Adeli Mariane Vieira Lino Alfano, Beatriz Gonçalves Miron, Guinther Giroldo Badessa

Resumo


RESUMO

Introdução: O pós-operatório em cirurgias de grande porte somando fatores como idade extrema, doenças pré-existentes e necessidade de suporte terapêutico especializado em UTI estão presentes no atual cenário da saúde. Objetivos: Caracterizar os pacientes atendidos pela equipe de anestesiologia que foi preciso o pós-operatório em UTI, avaliando complicações relacionadas ao processo anestésico. Métodos: Este estudo foi realizado de maneira retrospectiva e transversal, através do prontuário eletrônico, no período de julho de 2022 a novembro de 2022 em um hospital particular de grande porte. Os critérios de inclusão foram pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos que tiveram internação na UTI. Critérios de exclusão foram pacientes que estiveram internados em UTI e não realizaram procedimentos cirúrgicos. Metodologia: Foi utilizado para análise estatística o teste qui-quadrado, a correlação de Spearman e o teste de ANOVA. Resultados: Foram avaliados 76 pacientes, sendo que 31,5% evoluíram com complicações pós-operatórias (pneumonia, 15,8%; arritmias, 9,2%; insuficiência renal aguda, 1,3%; hemorragias, 1,3%; outras infecções, 3,9%. A média de idade dos pacientes foi de 59,8 ± 2,3 anos; 60,8% apresentaram ASA III e IV; 89,5% possuíam comorbidades e uso regular de medicamentos; 76,3% das anestesias realizadas foram balanceadas; 89,5% tiveram alta hospitalar em 30 dias; 9,2% evoluíram a óbito. O tempo médio de permanência na UTI foi 9 dias. Os pacientes com complicações pós-operatórias apresentaram maior tempo de internação hospitalar (p = 0,005). Conclusão: O anestesiologista contribui promovendo a segurança na assistência prestada identificando fatores preditivos modificáveis

Palavras-chave: anestesiologia; assistência médica; segurança do paciente; unidade de terapia intensiva.

 

The anesthesiologist in the scenario of patient safety in critically ill patients

ABSTRACT

Introduction: The post-operative period in major surgeries, including factors such as extreme age, pre-existing diseases and the need for specialized therapeutic support in the ICU, are present in the current healthcare scenario. Objectives: To characterize patients treated by the anesthesiology team who required post-operative care in the ICU, evaluating complications related to the anesthetic process. Methods: This study was carried out in a retrospective and cross-sectional manner, using electronic medical records, from July 2022 to November 2022 in a large private hospital. The inclusion criteria were patients undergoing surgical procedures who were admitted to the ICU. Exclusion criteria were patients who were admitted to the ICU and did not undergo surgical procedures. Methodology: The chi-square test, Spearman correlation and ANOVA test were used for statistical analysis. Results: 76 patients were evaluated, of which 31.5% developed postoperative complications (pneumonia, 15.8%; arrhythmias, 9.2%; acute renal failure, 1.3%; hemorrhages, 1.3%; other infections, 3.9%. The mean age of the patients was 59.8 ± 2.3 years; 60.8% had ASA III and IV; 89.5% had comorbidities and regular use of medications; 76.3 % of anesthesia performed were balanced; 89.5% were discharged within 30 days; 9.2% died. The average length of stay in the ICU was 9 days. Patients with postoperative complications had a longer hospital stay (p = 0.005) Conclusion: The anesthesiologist contributes to promoting safety in the care provided by identifying modifiable predictive factors

Keywords: anesthesiology; health care; patient safety; intensive care unit.

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DOI: http://dx.doi.org/10.23973/ras.94.373

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